ATA DA NONAGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUINTA LEGISLATURA, EM 20-10-2010.

 


Aos vinte dias do mês de outubro do ano de dois mil e dez, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, respondida pelos vereadores Aldacir José Oliboni, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Sebastião Melo e Toni Proença. Constatada a existência de quórum, o senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, Juliana Brizola, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Paulo Marques, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. À MESA, foi encaminhado, pela vereadora Fernanda Melchionna, juntamente com o vereador Pedro Ruas, o Projeto de Lei do Legislativo nº 166/10 (Processo nº 3418/10). Também, foram apregoados os Ofícios nos 947, 948 e 949/10, do senhor Prefeito, encaminhando, respectivamente, os Projetos de Lei do Executivo nos 040, 041 e 042/10 (Processos nos 3769, 3770 e 3775/10, respectivamente). Após, foi apregoado o Ofício nº 098/10, de autoria do vereador Sebastião Melo, deferido pelo senhor Presidente, solicitando autorização para representar externamente este Legislativo, nos dias vinte e um e vinte e dois de outubro do corrente, no 2º Congresso Internacional de Arquitetura e Ambiente, em Porto Alegre. Do EXPEDIENTE, constaram: Ofício nº 151/10, do senhor Carlo Roberto Simi, Secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho e Emprego; e Comunicados nos 76009, 76010, 76011, 76012, 76013, 76014, 76015, 76016, 76017, 76018 e 76019/10, do senhor Daniel Silva Balaban, Presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE. Durante a Sessão, deixou de ser votada a Ata da Décima Segunda Sessão Extraordinária. A seguir, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Nelcir Tessaro, solicitando alteração na ordem dos trabalhos da presente Sessão. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 128/10; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei do Legislativo nº 167/10, discutido pela vereadora Fernanda Melchionna e pelo vereador Engenheiro Comassetto, e o Projeto de Lei do Executivo nº 038/10, discutido pelos vereadores Engenheiro Comassetto, Aldacir José Oliboni, Idenir Cecchim e Reginaldo Pujol. Na ocasião, foram apregoadas as Emendas nos 03, de autoria do vereador Reginaldo Pujol, Líder da Bancada do DEM, e 04, de autoria do vereador Pedro Ruas, Líder da Bancada do PSOL, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10 (Processo nº 0802/10). Em PAUTA ESPECIAL, Discussão Preliminar, 1ª Sessão, esteve o Projeto de Lei do Executivo nº 039/10, discutido pelos vereadores Engenheiro Comassetto, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Reginaldo Pujol, Dr. Thiago Duarte, Sofia Cavedon, Sebastião Melo, Pedro Ruas e Fernanda Melchionna. Na oportunidade, após a manifestação do vereador Engenheiro Comassetto, em Pauta Especial, constatada a existência de quórum deliberativo, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo vereador Sebastião Melo, solicitando alteração no tempo regimental para pronunciamento dos senhores vereadores em Pauta Especial, tendo-se manifestado a respeito os vereadores Pedro Ruas, Nelcir Tessaro, Reginaldo Pujol e João Carlos Nedel. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os vereadores Bernardino Vendruscolo e Engenheiro Comassetto. Também, foi apregoado Requerimento de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando o adiamento, por três Sessões, da discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 005/10 (Processo nº 1200/10), tendo-se manifestado a respeito o vereador João Antonio Dib. Após, foi apregoada a Emenda nº 05, de autoria do vereador Engenheiro Comassetto, Líder da Bancada do PT, ao Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10 (Processo nº 0802/10). Ainda, foi apregoada a Emenda nº 01, de autoria do vereador Reginaldo Pujol, Líder da Bancada do DEM, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 005/10 (Processo nº 1200/10), tendo-se manifestado a respeito o vereador Bernardino Vendruscolo. Na ocasião, o vereador Luiz Braz manifestou-se acerca do pronunciamento efetuado pelo vereador Engenheiro Comassetto, em Comunicação de Líder. Às quinze horas e quarenta e oito minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 111/10 (Processo nº 2555/10), após ser discutido pelos vereadores Reginaldo Pujol e João Carlos Nedel. Na oportunidade, a vereadora Sofia Cavedon e o vereador Haroldo de Souza manifestaram-se acerca da tramitação, nesta Casa, do Projeto de Lei do Legislativo nº 111/10. Também, foram apregoados Requerimentos de autoria dos vereadores Pedro Ruas e Engenheiro Comassetto, deferidos pelo senhor Presidente, solicitando votação em destaque, respectivamente, para as Emendas nos 04 e 05 apostas ao Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10. Ainda, foi apregoada a Emenda nº 02, de autoria do vereador Dr. Raul Torelly, Líder da Bancada do PMDB, ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 005/10. A seguir, o vereador Engenheiro Comassetto formulou Requerimento verbal, deferido pelo senhor Presidente, solicitando a distribuição, aos senhores vereadores, de cópias das Emendas apregoadas durante a presente Sessão. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10 (Processo nº 0802/10), após ser discutido pelos vereadores Toni Proença, DJ Cassiá, Aldacir José Oliboni, Fernanda Melchionna, Airto Ferronato, Sofia Cavedon, Sebastião Melo, Mauro Zacher, Idenir Cecchim, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol, Bernardino Vendruscolo, Juliana Brizola, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto e Pedro Ruas e encaminhado à votação pelo vereador Nilo Santos. Foi votada destacamente e rejeitada a Emenda nº 04 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10, por quatorze votos SIM e quinze votos NÃO, após ser encaminhada à votação pela vereadora Fernanda Melchionna, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Juliana Brizola, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Pedro Ruas, Sofia Cavedon e Tarciso Flecha Negra e Não os vereadores Alceu Brasinha, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo e Toni Proença. Foi votada destacadamente e aprovada a Emenda nº 05 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10, por vinte e um votos SIM e dez votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Maria Celeste, Mario Manfro, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Dr. Raul Torelly, Elias Vidal, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, Luiz Braz, Paulo Marques, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo. Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10, por trinta e dois votos SIM e uma ABSTENÇÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e optado pela Abstenção o vereador João Antonio Dib. Foi aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10, por dezoito votos SIM, treze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Juliana Brizola, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença, votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, DJ Cassiá, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Reginaldo Pujol e Sebastião Melo e optado pela Abstenção os vereadores João Bosco Vaz e Mauro Zacher. Foi aprovada a Emenda nº 03 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10, por vinte e seis votos SIM e sete votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Luiz Braz, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Aldacir José Oliboni, Carlos Todeschini, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Maria Celeste, Pedro Ruas e Sofia Cavedon. Foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10, por trinta e quatro votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Mauro Pinheiro, Mauro Zacher, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Após, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Pedro Ruas, solicitando renovação de votação para a Emenda nº 04 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 033/10, por vinte e seis votos SIM e seis votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo vereador Haroldo de Souza, tendo votado Sim os vereadores Adeli Sell, Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, João Antonio Dib, Juliana Brizola, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Maurício Dziedricki, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Pedro Ruas, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Mauro Zacher e Reginaldo Pujol. Na oportunidade, em face de Questões de Ordem e manifestações formuladas pelos vereadores Reginaldo Pujol, João Antonio Dib e Luiz Braz, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca das normas regimentais para renovação de votação de proposições. Em prosseguimento, por solicitação do vereador Bernardino Vendruscolo, foi efetuada nova verificação de quórum, constatando-se a existência do mesmo. A seguir, foi aprovado Requerimento de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo, solicitando o adiamento, por uma Sessão, da discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 005/10 (Processo nº 1200/10), por vinte e três votos SIM e cinco votos NÃO, após ser encaminhado à votação pelos vereadores Bernardino Vendruscolo, Sebastião Melo, João Antonio Dib, Engenheiro Comassetto e Reginaldo Pujol, em votação nominal solicitada pelo vereador João Antonio Dib, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Luiz Braz, Maria Celeste, Mario Manfro, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença e Não os vereadores Dr. Thiago Duarte, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, Juliana Brizola e Nilo Santos. Na ocasião, o vereador Bernardino Vendruscolo formulou Requerimento verbal, deferido pelo senhor Presidente, solicitando alteração nos termos do Requerimento de sua autoria, de adiamento da discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 005/10, alterando o prazo de adiamento solicitado de três para uma Sessão. Também, em face de Questão de Ordem formulada pela vereadora Fernanda Melchionna, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca da votação do Requerimento de autoria do vereador Bernardino Vendruscolo, de adiamento da discussão do Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 005/10. Em continuidade, por solicitação do vereador Reginaldo Pujol, foi efetuada a leitura da Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/10 (Processo nº 1241/10). Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/10 (Processo nº 1241/10), após ser encaminhado à votação pelos vereadores Engenheiro Comassetto, Dr. Thiago Duarte e Tarciso Flecha Negra. Foi aprovada a Emenda nº 01, aposta ao Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/10, por vinte e oito votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nelcir Tessaro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/10, por vinte e oito votos SIM, em votação nominal solicitada pelo vereador Nelcir Tessaro, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulinho Rubem Berta, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Na ocasião, o vereador Engenheiro Comassetto manifestou-se acerca dos pronunciamentos e das manifestações efetuadas por Sua Excelência durante a presente Sessão. Ainda, os vereadores Toni Proença. Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza e Airto Ferronato manifestaram-se, retirando suas inscrições para encaminhamento à votação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº 004/10. Em Discussão Geral e Votação Nominal, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 087/10 (Processo nº 1990/10), por vinte e sete votos SIM, tendo votado os vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Aldacir José Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Beto Moesch, Carlos Todeschini, DJ Cassiá, Dr. Raul Torelly, Dr. Thiago Duarte, Elias Vidal, Engenheiro Comassetto, Fernanda Melchionna, Haroldo de Souza, Idenir Cecchim, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, Juliana Brizola, Maria Celeste, Mauro Pinheiro, Nilo Santos, Paulo Marques, Reginaldo Pujol, Sebastião Melo, Sofia Cavedon, Tarciso Flecha Negra e Toni Proença. Na oportunidade, o senhor Presidente prestou esclarecimentos acerca de reunião conjunta de Comissões agendada para o dia de hoje, tendo-se manifestado a respeito o vereador Beto Moesch. Em Discussão Geral e Votação, foi apreciado o Projeto de Lei do Legislativo nº 078/09 (Processo nº 1872/09). Foi aprovada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 078/09. foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 078/09.Às dezoito horas e trinta minutos, esgotado o prazo regimental da presente Sessão, o senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os senhores vereadores para a Sessão Ordinária de amanhã, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos vereadores Nelcir Tessaro e Mario Manfro e secretariados pelos vereadores Bernardino Vendruscolo e João Carlos Nedel. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após distribuída e aprovada, será assinada pelos senhores 1º Secretário e Presidente.

 

 


O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Srs. Vereadores, solicito a inversão da ordem dos trabalhos, para que possamos, imediatamente, entrar no período de Pauta. Após, retornamos à ordem normal.

Em votação o Requerimento que solicita a inversão da ordem dos trabalhos, no dia de hoje, passando a Pauta para antes da Ordem do Dia. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

Passamos à

 

PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/05 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 2714/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 128/10, de autoria do Ver. André Carús, que concede o título de Cidadão Emérito de Porto Alegre ao senhor Antonio Carlos Pereira de Souza.

 

2ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3453/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 167/10, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que inclui a Semana Municipal de Inclusão Escolar no Anexo à Lei nº 10.904, de 31 de maio de 2010 – que institui o Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre e organiza e revoga legislação sobre o tema –, na segunda semana de agosto.

 

PROC. Nº 3639/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 038/10, que inclui art. 4º-A na Lei nº 7.770, de 19 de janeiro de 1996, que dispõe sobre a admissão de pessoal, por tempo determinado, para atender necessidades temporárias de excepcional interesse público, consoante o que preceitua o inc. IX do art. 37 da Constituição Federal e o inc. II do art. 17 da Lei Orgânica do Município de Porto Alegre, e prorroga por 6 (seis) meses os contratos temporários dos Supervisores de Campo, Biólogos e Agentes de Combate às Endemias.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir a Pauta.

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, venho falar do Projeto de Lei do Legislativo n º 167/10, que institui a semana de inclusão escolar no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre.

Parece-nos que este Projeto de Lei, de autoria da Verª Sofia Cavedon, é um Projeto muito importante no sentido de marcar a data e incluir uma semana dedicada à inclusão escolar dentro do Calendário da nossa Cidade, ainda mais se tratando de políticas de inclusão que foram atacadas durante os anos anteriores ao que estamos vivendo.

Em 2009, houve uma política de acabar com as escolas de inclusão e fechar aquelas de Educação Especial, que são destinadas justamente para atender as pessoas que tenham algum tipo de necessidade especial e incluir esses estudantes dentro das escolas de Ensino Médio e Fundamental do Município e do Estado.

Ora, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, nós sabemos que as escolas do Município não têm - nem as escolas do Estado - nenhuma estrutura capaz de comportar pessoas com limitação auditiva, pessoas com limitação locomotora, pessoas com limitação audiovisual.

Portanto, certamente essa luta seguirá. Foi uma orientação do MEC nacional; houve resistência por parte das entidades de assistência, vinculadas ao tema, e começou uma luta nacional pela manutenção das escolas de Educação Especial. Essa luta tem que ser mantida, ainda mais se levando em consideração as limitações que a Cidade, de uma forma geral, tem em todos os aspectos no que tange à acessibilidade.

Ver. DJ Cassiá, fiquei sabendo recentemente de um jovem que usava cadeira de rodas e foi acessar um dos museus de Porto Alegre e não conseguiu entrar. O cadeirante não tem acesso aos bens culturais da nossa Cidade. E, nesse caso, temos que refletir aqui neste Parlamento se a limitação é dele ou de Porto Alegre, que não tem uma política coerente, com recursos, uma política, de fato, de inclusão.

Temos uma Secretaria de Acessibilidade que, no ano de 2009, não gastou sequer um real do seu Orçamento que foi previsto, mas que não foi executado.

Ao mesmo tempo, nós vemos as calçadas da Cidade, no Centro e nos bairros, que não permitem a locomoção dessas pessoas. Vemos a grande dificuldade que se tem no acesso aos prédios públicos pela inexistência de rampas e de elevador; vemos a ausência de uma política que permita impressoras em Braile espalhadas pela na nossa Cidade para imprimir os livros, de maneira que os portadores de necessidades audiovisuais possam ler com o tato, como de fato são ensinados.

Quantos são os eventos da nossa Cidade, as palestras, em que tem alguém que saiba falar, usar as Libras para poder se comunicar com os surdos?

Essa inclusão é fundamental no Calendário, mas nos parece que é a ponta de uma provocação para um debate que é mais geral, da necessidade de políticas públicas e, sobretudo, orçamento, para que Porto Alegre seja uma Cidade mais acessível.

Aproveito para cumprimentar os Agentes Comunitários que estão aqui. Daqui a pouco, faremos a Reunião Conjunta. Vocês são bem-vindos. Essa luta de vocês também é nossa.

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores, colegas Vereadoras; senhoras e senhores aqui presentes; lideranças aqui do Movimento dos Agentes de Saúde; representantes da Câmara Técnica do Hospital Parque Belém, que lutam pela implantação da Unidade de Pronto Atendimento, lá na Região Sul da Cidade; demais visitantes que nos assistem, eu quero falar em nome da Bancada Partido dos Trabalhadores, que deu acordo junto com os demais Partidos da oposição para percorrermos duas pautas hoje, a fim de que alguns projetos andem mais rápido, e que a Cidade possa ser melhor tratada e melhor cuidada.

Há dois Projetos em Pauta que são de extrema importância. O PLL nº 167/10, de autoria da Verª Sofia Cavedon, da nossa Bancada, que inclui a Semana Municipal de Inclusão Escolar no Anexo à Lei Municipal, ou seja, traz esse tema da inclusão escolar para o Calendário Oficial da Cidade.

E aqui estamos recebendo a juventude, que sabe que esse tema da inclusão nas escolas é extremamente importante, porque a juventude não quer perder a oportunidade de estudar, para que, mesmo aquelas pessoas ou aquelas famílias que tenham pessoas com deficiência possam incluir os seus jovens. Hoje, com a tecnologia educacional desenvolvida, qualquer pessoa portadora de deficiência pode e deve ser bem-tratada pelo Estado, pode e deve ter os mesmos direitos e os mesmos deveres que qualquer pessoa que não tenha necessidades especiais. Portanto, este tema da inclusão escolar no Calendário de Datas Comemorativas e de Conscientização do Município de Porto Alegre é um tema importante trazido aqui para o diálogo.

Eu cumprimento essa juventude que está aqui, hoje, visitando o nosso Parlamento, Ver. DJ e Ver. Nilo, assim como estão aqui os Agentes de Saúde.

Há um Projeto do Executivo - a Bancada do PT está de acordo em votar rapidamente - que trata da contratação temporária e/ou a prorrogação dos contratos temporários dos Supervisores de Campo, de Biólogos, de Agentes de Combate a Endemias. Eu os cumprimento em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores e creio que em nome de todos os colegas Vereadores, pois esse trabalho que os senhores e as senhoras executam é um trabalho de alta relevância, porque, depois que as endemias ou epidemias se instalam, aí não adianta mais nós gritarmos, e a população pedir socorro. Nós temos que ter esse trabalho preventivo, feito com chuva, com sol, com vento ou sem vento, pelos senhores e pelas senhoras, caminhando pelas ruas da Cidade.

Há outro Projeto que está aqui, que foi debatido esta semana e foi retirado pelo Líder do Governo, que é sobre a questão do acesso às residências. Das 27 mil residências que foram inspecionadas, em torno de 20 mil tiveram as suas portas barradas, porque não havia ninguém em casa. Os moradores de aproximadamente 2.500 residências não aceitaram que entrassem nas suas casas. Portanto, precisamos primeiro garantir a prorrogação do contrato de todos esses agentes, para que vocês, depois - com o trabalho nobre que realizam na cidade de Porto Alegre -, possam ter um respaldo legal para terem acesso aos espaços privados, porque o acesso não é para controlar nada; é para combater as endemias e as epidemias.

Um grande abraço, bom trabalho a todos. A Bancada do Partido dos Trabalhadores, junto com a situação, está dando...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje, saúdo, aqui, os estudantes e também os profissionais da área da Saúde, mais precisamente os Supervisores de Campo, Biólogos e Agentes de Combate a Endemias na cidade de Porto Alegre.

Nós estamos agora, neste momento - para que todos saibam -, no período de Pauta, quando nós discutimos alguns Projetos, que têm um rito de passar na Pauta e, posteriormente, para a Ordem do Dia. Então, neste momento, nós estamos discutindo os Projetos. Depois, teremos a Ordem do Dia, e, depois, teremos o Projeto do Ver. Toni Proença, que envolve toda essa juventude, como também o Projeto que envolve a prorrogação dos contratos dos Agentes de Combate a Endemias em Porto Alegre, nas Comissões Conjuntas, num acordo. Há o Projeto do Ver. DJ Cassiá, o Projeto do Funk, e tantos outros Projetos para hoje.

Vejam só, cidadãos e cidadãs, isso justifica a grande importância que têm os Supervisores de Campo, os Biólogos e os Agentes de Combate a Endemias em Porto Alegre, profissionais da área da Saúde que combatem a dengue, colegas da Saúde que estão aqui neste momento.

Nós tivemos no Brasil, no ano de 2009, 737.756 casos de dengue. Esses 737.756 casos da dengue foram distribuídos nas seguintes regiões: Sudeste com 369.836 casos, 50.01%; na Região Centro-Oeste, 196.027 casos; na Região Norte, 71.610 casos; na Região Nordeste, 56.672 casos. Na Região Sul, na nossa Região, 43.611 casos. Para os senhores terem uma ideia, somente aqui, em Porto Alegre, mais precisamente na região do Jardim Carvalho, foram constatados sete casos, sendo que, no total, foram 17 casos. Vejam só o quanto é importante nós, às vezes, discutirmos o assunto aqui. O Líder do Governo pediu adiamento de um Projeto anterior, que autoriza os Agentes de Combate a Endemias a entrarem nas residências em Porto Alegre. Alguns Vereadores, inclusive, foram contra, mas de que forma nós vamos proteger os profissionais, se nós não dermos a eles autonomia para terem acesso a essas residências?

É preciso que se criem mecanismos que, de certa forma, deem proteção ao trabalhador no combate a endemias, de proteção a esses profissionais.

Ver. João Antonio Dib, nós estamos em Pauta, para a qual vários Vereadores estão inscritos, e nós estamos agora num período de discussão, momento em que posso lhe dar aparte, se V. Exª assim quiser.

 

O Sr. João Antonio Dib: V.Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Aldacir Oliboni, a Pauta é para discutir o Projeto que está em Pauta, e não para tratar de outras matérias; para isso nós temos os períodos de Comunicações, Grande Expediente e Comunicações de Lideranças; senão fica muito difícil acompanhar as coisas na Casa do Povo de Porto Alegre.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Entendendo a sua manifestação, e, desde já, digo é regimental seis Vereadores se inscreverem e discutir cinco minutos. Eu estou no meu tempo para defender os trabalhadores, porque acho de extrema importância que eles tenham, sim, essas garantias do Governo.

Da mesma forma que V. Exª acaba de instigar o tema, que é propício, e tem acordo do Governo, o Projeto que ora está sendo discutido é para prorrogar os contratos desses cidadãos, desses profissionais, que vencem agora no próximo mês, em novembro. Este Projeto ora em discussão é exatamente para correr Pauta, e, logo em seguida, faremos a Reunião Conjunta das Comissões, num acordo, Ver. Cecchim, com a Mesa.

Então é regimental, estamos dentro do nosso espaço, e, com certeza, o Governo está fazendo uma coisa extremamente importante: renovar os contratos para seis meses, numa questão que nós estamos dando acordo e, mais do que isso, no próximo acordo, ao invés de o contrato ser de quatro meses, será de um ano e oito meses, para dar mais segurança a esse Programa em Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Eu quero lembrar aos Srs. e Sras Vereadores que a discussão preliminar de Pauta é somente para tratar de Projetos que estão na Pauta. Para tratar de outros Projetos, os Vereadores podem solicitar o tempo de Liderança ou tratarem no seu período de Comunicações.

Apregoamos a Emenda nº 003/10 ao PLL nº 033/10, que altera o parágrafo único do art. 1º do Projeto de Lei nº 033/10, transformando-o em § 1º e inclui o § 2º no mesmo artigo, com a seguinte redação (Lê.): “Parágrafo 2º - A partir do 2º fracionamento de que trata o art. 1º desta Lei, o respectivo pagamento e o carregamento deverão ser feitos diretamente no CIPEI - Centro Integrado de Passagem Escolar e Isenções da EPTC”. Emenda essa do Ver. Reginaldo Pujol.

Apregoamos a Emenda de nº 04 ao PLL nº 033/10, que inclui parágrafo no art. 1º do PLL nº 033/10, com a seguinte redação (Lê.): “Permite aos usuários a utilização de créditos eletrônicos aos domingos e feriados, resguardado o custo integral das tarifas”. De autoria dos Vereadores Pedro Ruas e Fernanda Melchionna.

O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, eu havia me inscrito antes do aparte do Ver. Dib, mas permitam-me, Vereadores, que eu use o tempo de discussão de Pauta, como usou o nobre colega Ver. Aldacir Oliboni. O Ver. Oliboni é um bom colega Vereador, um bom Vereador da Cidade, mas ele tem uma pequena mania, aquela mania do anu, aquela ave pretinha que põe ovo no ninho dos outros. Ele insiste, sempre, como, por exemplo, neste Projeto que ele discutiu aqui na tribuna, que é do Governo e que é meritório para esses trabalhadores. Mas ele esquece e vem aqui como se ele tivesse proposto este Projeto. Todos os Vereadores aqui, e principalmente o Prefeito e a Administração, encaminharam este Projeto para cá para garantir o trabalho dessas pessoas que se dedicam ao combate à dengue.

Então, para fazer justiça, Ver. Oliboni - e para que o ninho de cada passarinho seja mantido e não seja invadido e aproveitado para colocar o ovo de um outro passarinho -, é preciso fazer este esclarecimento: são Projetos do Governo apoiados por todos os Vereadores que aqui estão, há um acordo nisso. Só para deixar isso claro, vocês merecem a verdade, merecem a garantia do trabalho, mas, principalmente, a verdade, porque esse Projeto é da Cidade. A Cidade quer que vocês tenham mais garantia, não é só o Ver. Oliboni, não é só o outro Vereador; são todos os Vereadores dessa Casa, o Prefeito, a Administração Municipal e principalmente vocês, que merecem saber como se tratam as coisas - com respeito, com verdade e sem demagogia. Chega de demagogia! Nós já estamos olhando o horário político aí que é uma coisa absurda! Somos tratados com demagogia, com falta de respeito, e aqui nós temos a obrigação de zelar pelo menos pela verdade e pelo respeito. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apenas um esclarecimento, verificando a Pauta, o Ver. Oliboni falou, quando na tribuna, do PLL nº 038/10, que trata do assunto justamente da contratação temporária excepcional.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, o Projeto de Lei do Executivo nº 038/10 está correndo o seu segundo dia de Pauta, com o esforço que se faz para que ainda hoje possa ser votado o Parecer Conjunto, que permitirá, num curtíssimo prazo, enfrentarmos esse assunto. Quem sabe até no dia de hoje ainda possamos votar esta matéria, se for possível.

Eu quero, inclusive, Ver. Tessaro, salientar que o encaminhamento dessa matéria para Casa foi feito por V. Exª, quando se encontrava na Prefeitura Municipal, o que demonstra que a Casa, desde o seu início, tem compromisso com essa matéria. Não dá - e, evidentemente, o Ver. Idenir Cecchim tem razão - para se confundir um assunto com o outro.

Há outro Projeto aí, de origem do Governo, que, estranhamente, algumas vozes que são, sistematicamente, opositoras do Governo, agora são as grandes defensoras do Projeto, e nós, evidentemente - como sempre declaramos independência com relação ao Governo -, com relação àquele Projeto, temos profundas dúvidas. E como sempre o fazemos, agora as colocamos, aqui da tribuna, de forma muito clara, muito aberta, sem nenhum subterfúgio. O Ver. Sebastião Melo me conhece, eu não sou daqueles que, sistematicamente, são contra o Governo, mas também não sou daqueles que, sistematicamente, aplaudem o Governo. Aliás, o PSOL me ensinou um termo: eu tenho uma posição de apoio crítico!

 

O Sr. Sebastião Melo: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Ver. Sebastião Melo, V. Exª me honra com o seu aparte.

 

O Sr. Sebastião Melo: Ver. Pujol, apenas quero fazer um registro. Eu espero que o Ver. Oliboni, após o dia 31 de outubro do corrente, continue tendo essas atitudes em relação à Prefeitura de Porto Alegre. Eu espero, e estaremos aqui para presenciar!

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Correto!

 

O Sr. Dr. Thiago Duarte: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Ver. Thiago, V. Exª me honra com o seu aparte.

 

O Sr. Dr. Thiago Duarte: Ver. Pujol, eu quero me solidarizar com V.Exª nesse seu posicionamento. Quero dizer que somos a favor da manutenção dos Agentes de Combate a Endemias, mas que, certamente, temos que cuidar muito da constitucionalidade dos projetos, não deste que V. Exª está nominando agora, mas, sim, daqueles que podem causar prejuízo não só aos Agentes de Combate a Endemias como também à Prefeitura.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Perfeito! Eu agradeço a Vossa Excelência.

 

O Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Ver. Comassetto, concedo-lhe um aparte, mas solicito que seja o mais rápido possível, senão o meu tempo será consumido somente com apartes. V. Exª tem o aparte, eu não posso lhe negar.

O Sr. Engenheiro Comassetto: Muito obrigado por sua elegância e gentileza, Ver. Pujol. Eu só quero dizer ao Ver. Sebastião Melo que a Bancada do PT se alia ao senhor, porque, quando um projeto é bom, não interessa quem é o Governo. Nós votaremos favoravelmente. (Palmas.)

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Eu não posso permitir que eu seja o gestor desse assunto. Eu acho que o aplauso dos presentes, interessados neste Projeto, terá uma resposta positiva da Casa; nós vamos, o mais breve possível, aprovar este Projeto de Lei, porque ele foi estudado na Comissão de Constituição e Justiça, é constitucional, tem mérito e merece ser aprovado. O que nós não vamos permitir - e, com a maior tranquilidade, estou colocando isto aos interessados presentes - é que se misture uma situação com outra. Eu tenho profundas restrições com aquele outro Projeto! Em função do meu posicionamento, ele foi adiado, e nós vamos discutir para ver se conseguimos salvá-lo, porque, no meu entendimento, do jeito que ele está escrito, não pode ser aprovado, pois ele desconsidera algumas realidades e é uma afronta à cidadania. Por isso, com relação ao que está na Pauta, a nossa posição é a posição do Ver. Braz, que nos falava nesse sentido, a posição do PSDB é, obviamente, do mais amplo apoio. Ainda hoje, vamos aprovar, na Reunião Conjunta das Comissões, este Projeto, dando a oportunidade para que ele possa transitar e vir à votação definitiva o mais breve possível. Era isso, Sr. Presidente.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Encerrada a discussão da Pauta.

Passamos à

 

PAUTA ESPECIAL - DISCUSSÃO PRELIMINAR

 

(05 oradores/10 minutos/com aparte)

 

1ª SESSÃO

 

PROC. Nº 3714/10 – PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO Nº 039/10, que estima a receita e fixa a despesa do Município de Porto Alegre para o exercício econômico-financeiro de 2011.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Pauta Especial hoje é relativa ao Orçamento.

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras; senhoras e senhores que nos dão o prazer das suas presenças; juventude de diversas escolas, da Escola Raul Pilla, da Restinga; da Zona Norte também presentes; Agentes de Saúde e outros, nós estamos no período de Pauta para analisar este Projeto do Executivo Municipal, que trata do Orçamento do próximo ano, 2011, e nele estão previstos nada mais nada menos do que 4,1 bilhões de reais.

Cumprimento aqui o Secretário da Fazenda, o Sr. Urbano Schmitt, que veio acompanhar este debate e outros relacionados à Saúde.

Neste Projeto do Executivo, sobre o Orçamento, há dezenas de programas, e, entre eles, os recursos são divididos por áreas: Saúde, Habitação, Infraestrutura, ou seja, transporte, e muitas outras.

Quando nós fazemos um debate sobre um Projeto como este, os Vereadores podem apresentar Emendas para qualificá-lo e contribuir com as sugestões que as diversas comunidades ou setores apresentam e que não estão incluídas no Orçamento.

Quero dizer que já temos 15 Emendas preparadas para o Orçamento, e elas vêm de uma análise daquilo que foi realizado nos períodos anteriores.

E aqui temos de fazer uma análise crítica: nos sete anos do Governo Fogaça, de todo o Orçamento que aplicamos e aprovamos aqui, foi realizado somente 38%. Se fôssemos analisar e dar uma nota ao Prefeito José Fogaça pelo seu desempenho, a história do Prefeito José Fogaça, que já se foi, é de um Prefeito com nota 3.8, porque esses são os números da realização do Orçamento. E nós queremos que o Orçamento seja realizado, se não em 100%, próximo de 100%.

E agora quero trazer mais alguns temas. Podemos pegar o tema da Saúde, e, quando tratamos desse tema, há dezenas de Projetos que foram aprovados e que não foram realizados nesse período que passamos e que estamos passando.

Já que está presente a nossa Câmara Técnica do Hospital Parque Belém, quero dizer que há um Projeto do Governo Federal chamado Unidades de Pronto Atendimento - são quatro para Porto Alegre. O dinheiro está depositado há um ano, e o Município de Porto Alegre precisa decidir onde colocar a sua contrapartida. Uma delas é o Pronto Socorro Parque Belém, para a Zona Sul da Cidade. O Ver. Dr. Raul e eu participamos desse debate na Câmara Técnica, e é enrolado, é passado de um mês para o outro, e não é tomada uma decisão.

Portanto, se há recurso do Governo Federal, se há recurso aprovado para investimento em Porto Alegre no tema da Saúde, nós temos de aprovar e executar - não basta só aprovar.

Se nós pegarmos todos os PSFs que estão planejados para serem construídos, vamos ver que o Programa de Saúde da Família do Núcleo Esperança da Restinga e o Programa de Saúde da Família do Chapéu do Sol levaram cinco anos para serem aprovados, estiveram todos os anos no Orçamento, e as obras iniciaram-se agora. Não dá para esperar tanto tempo.

Nós podemos pegar o tema da juventude, que tem um item, que é a inclusão e a retirada dos meninos e meninas de rua. Não é retirar forçosamente, mas oferecer condições dignas de vida para esses cidadãos e cidadãs de Porto Alegre. Agora, Verª Maria Celeste, nesses últimos sete anos, não diminuiu o número de meninos de rua; aumentou, e hoje temos mais de 1.500 crianças e jovens abandonados nas esquinas, e o dinheiro foi aprovado nos orçamentos anteriores, mas não foi executado. Portanto, agora é o momento de analisarmos o Orçamento, que é de 4,1 bilhões e, ao mesmo tempo, analisarmos aquilo que foi feito e aquilo que deixou de ser feito, para que possamos corrigir isso nesta Peça Orçamentária.

 

O Sr. Nilo Santos: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Nilo Santos, por favor, tenha a bondade de fazer o aparte.

 

O Sr. Nilo Santos: Ver. Comassetto, quero pedir um apoio. O senhor estava falando sobre os moradores de rua, sobre os adolescentes de rua, principalmente. Para reduzirmos esses números, temos a nossa Comissão que tratará sobre os moradores de rua. Falta a indicação de um nome para completarmos essa Comissão, para poderemos instalá-la e iniciar as ações aqui nesta Casa. Obrigado.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. Nilo Santos, a nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores já tomou posição, apoia e já indicou a Verª Maria Celeste e o Ver. Carlos Todeschini para compor essa Comissão.

Eu posso pegar outro tema, a infraestrutura urbana. Ver. DJ Cassiá - que, como eu, é morador da Região Sul, da Restinga -, nós estamos lutando pela duplicação da Av. Edgar Pires de Castro, pela duplicação da Av. Vicente Monteggia e pela pavimentação das diversas vias que estão esburacadas. Agora, apresentamos emendas, e elas, quando são aprovadas, não são executadas. Portanto, voltaremos com essas emendas para que a população saiba disso e nos auxilie, pois isso tem que ser executado, Sr. Secretário da Fazenda.

 

O Sr. DJ Cassiá: V. Exª permite um aparte?

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ver. DJ Cassiá, por favor, tenha a bondade de fazer o aparte.

 

O Sr. DJ Cassiá: Obrigado, Ver. Comassetto, pelo aparte que o senhor me concede e parabéns pelo tema que o senhor levanta. Esse tema é importante, e me coloco à disposição, até mesmo porque o senhor, na sua fala, toca em uma questão esquecida no Brasil, não é uma questão isolada daqui nem de lá, que é a questão da Cultura. A Cultura, no Brasil, é totalmente esquecida. Para retirar esses meninos e meninas de rua, ou melhor, para não deixar eles chegarem até a rua, tem de haver prevenção! Prevenção, Vereador, o senhor, que é um lutador. É preciso buscar investimento em educação de qualidade e cultura.

Eu lhe agradeço o aparte,e estou à disposição, sou seu parceiro.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Muito obrigado, Ver. DJ. Educação com qualidade! Inclusive, esta Câmara tem que fazer o debate do turno integral, tem que assumir esta discussão, porque, no caso daquelas mães ou daqueles pais que têm quatro ou cinco filhos e não têm condições de ter um professor particular, no segundo turno as crianças ficam abandonadas, e aí a droga e o tráfico atacam.

O Governo Federal foi o que mais escolas técnicas construiu na história do Brasil, e foi no Governo do Presidente Lula. Uma delas está na nossa querida Restinga, a Escola Técnica Federal, mas isso ainda é pouco, precisamos de mais.

Por último, há outro tema que não está aqui, ao qual apresentaremos emendas, que é sobre os lotações para a Região Sul de Porto Alegre. A Restinga não tem lotação; Belém Novo não tem lotação; a Hípica não tem lotação. O Extremo-Sul, a Região Sul e a Restinga merecem o mesmo tratamento que é dado a toda a Porto Alegre.

Estamos fazendo uma frente aqui, convidando os trinta e seis Vereadores para, juntos, Ver. Pujol, pleitearmos um sistema de lotação diferenciado para aquela região, dialogando com todo o sistema de transporte, pois isso é uma necessidade, porque essa região não pode ficar discriminada.

Meus queridos e queridas visitantes e colegas, este é o Orçamento: 4,1 bilhões de reais. Temos que discuti-lo bem e, depois, acompanharmos a sua realização. Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Quero saudar todos os estudantes que estão presentes nesta Casa hoje e dizer-lhes que tenham um pouco de paciência. Temos mais quatro oradores para a discussão do Orçamento de 2011, e aí, então, entraremos na votação do Projeto das passagens fracionadas. Da mesma forma, quero cumprimentar todos os Agentes de Saúde que estão hoje nos visitando.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO (Requerimento): Sr. Presidente, faço um Requerimento a V. Exª, com a atenção dos meus colegas, especialmente da Verª Sofia, que, juntamente comigo, discutiu esta matéria com Vossa Excelência. Ver. Pedro Ruas, temos quatro oradores de dez minutos. Estamos sugerindo a V. Exª que proponha ao Plenário mantermos os 40 minutos, mas dobrarmos o número das inscrições, reduzindo o tempo de cada orador para cinco minutos, tendo em vista tratar-se de uma matéria sobre a qual muitos Vereadores gostariam de discutir e não têm oportunidade. Então, essa é a minha sugestão. Na verdade, o Regimento estabelece dez minutos, mas, se houver um acordo com o Plenário, não haverá impedimento para isso.

 

O SR. PEDRO RUAS: Eu quero colocar, Excelência, a posição do PSOL em relação ao Requerimento do Ver. Sebastião Melo. Estamos inteiramente de acordo; a LOA, a nossa Lei do Orçamento, é de extrema importância para o Município, e, se mais Vereadores ou Bancadas puderem se manifestar, a Cidade sai ganhando.

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereadores Sebastião Melo e Pedro Ruas, eu entendo um pouco diferente, da seguinte forma: temos quatro Vereadores inscritos para o tempo de dez minutos. Seriam esses quatro que poderiam decidir, ou seja, o Ver. Dib, o Ver. Nedel, o Ver. Pujol e o Ver. Thiago Duarte. Se esses quatro Vereadores concordarem    em falar por cinco minutos e deixarem os outros cinco minutos para os suplementares se manifestarem, poderemos chegar a oito Vereadores.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, no que me concerne, eu reservo a metade do meu tempo ao Ver. Sebastião Melo.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Os demais Vereadores - Nedel, Dib, Dr. Thiago - concordam com a divisão, concordam em falar cinco minutos? (Pausa.) Concordam. Então, está APROVADO o Requerimento do Ver. Sebastião Melo.

 

(Manifestação do Ver. Reginaldo Pujol fora do microfone.)

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Eu concordo em falar cinco minutos, desde que o tempo seja dirigido para a Ordem do Dia, para acelerarmos.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não é para a Ordem do Dia, é para a Pauta Especial, dentro do assunto específico da Pauta Especial.

 

O SR. PEDRO RUAS: Apenas para registrar como sugestão, Sr. Presidente, que sigamos, então, a partir da boa vontade dos Vereadores, a lista de inscrições.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim, os suplementares que estão aqui. Já estão inscritos oito Vereadores então.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta Especial por cinco minutos. Seria importante que não houvesse apartes, para evitar prejuízos aos Srs. Vereadores.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; meus senhores e minhas senhoras, eu acho que não vou utilizar cinco minutos. A votação do Orçamento, com a sua a proposta orçamentária e a sua disposição, é o momento mais importante do ano na Câmara Municipal. É um Orçamento muito bem feito; 4,1 bilhões de reais, entre os quais 600 milhões são destinados a obras que são importantes para a vida da Cidade; 19% para a Saúde - e a obrigação constitucional orgânica do Executivo é aplicar 15% -; 26%, um pouco mais, na Educação - a obrigação constitucional é 25%.

Eu espero, dada a bela apresentação, por programas, do Orçamento Municipal, que não encham de emendas, porque cabe ao Executivo propor as medidas para o crescimento e o acompanhamento da Cidade e para suas necessidades. Nós não podemos ficar inventando. Mas, de qualquer forma, é bom informar também que a população, durante o período de Pauta, por meio de três entidades ou 300 eleitores, pode apresentar emenda. Seria apenas isso, e acho que não adianta dizer muita coisa, mas eu faço o registro.

Falam muito sobre a Saúde, e eu disse que nós aplicamos 19%, e não apenas os Governos Fogaça e Fortunati têm aplicado esse valor - até o Prefeito Verle aplicou; mas, da União, de que deveria vir 10% da arrecadação tributária, se fosse regulamentada a Emenda Constitucional nº 29, não vem. Nos sete primeiros anos do Governo Lula, Porto Alegre recebeu, considerando apenas a correção inflacionária, 335 milhões de reais a menos, mas não deixou de atender dentro das necessidades. Para que entendam o que estou dizendo, em 2002 Porto Alegre recebeu 307 milhões de reais; em 2003, primeiro ano do Presidente Lula, Porto Alegre recebeu 251 milhões de reais. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, cumprimento a nossa assistência - sejam muito bem-vindos a esta Casa -, porque nós estamos hoje, neste momento, discutindo a Lei mais importante da Cidade: a orientação do que o Governo vai gastar e vai receber no próximo ano. É muito importante que vocês saibam disso e também que o nosso Orçamento está se elevando para o próximo ano: 4 bilhões de reais, mais 100 milhões. Vejam como a nossa Cidade está crescendo e o nosso Orçamento está forte. É uma grande responsabilidade desta Casa fiscalizar a execução deste Orçamento.

O nosso Orçamento anterior era de 3,6 bilhões de reais; estamos aumentando, de um ano para outro, 500 milhões de reais; esse é um bom crescimento de um ano para o outro. O próprio Orçamento da Câmara também já se eleva a 82 milhões de reais, mas o importante é que estamos vendo que as receitas estão crescendo gradativamente e também a importância do desenvolvimento econômico da nossa Cidade.

Sobre toda compra que os senhores e as senhoras fazem, recai o ICMS, que vai para o Estado, mas o Estado devolve 25% desses valores para todos os Municípios. Então, é importante que as compras sejam feitas com nota fiscal, com todos os detalhes; sejam feitas em estabelecimentos legalizados, para que esse imposto seja enviado ao Município, para ser investido em Saúde e em outros investimentos, especialmente em Educação.

Eu também, Sr. Presidente, não vou ocupar os cinco minutos, porque esta Lei é por demais extensa. (Mostra impresso com a Lei.) É tudo isto aqui que temos que estudar e detalhar, mas o importante é que estamos crescendo.

Eu queria cumprimentar o Secretário da Fazenda, o Secretário Adjunto da Fazenda e o nosso funcionário de relações parlamentares, que vêm acompanhando as receitas e cuidando muito das nossas despesas. É importante que a saúde financeira do Município seja muito boa, porque temos que investir para a Copa, em financiamentos. Vamos ficar devendo, depois da Copa, ou até antes da Copa, 1,3 bilhão de real somente para a Copa e para o saneamento básico que está sendo feito em nossa Cidade. Nós vamos tratar 50% do esgoto cloacal de Porto Alegre, porque hoje 73% é jogado in natura no nosso rio. Isso é uma vergonha nacional. É uma vergonha para Porto Alegre que esse esgoto, no século XXI, ainda não esteja tratado, mas, daqui a aproximadamente quatro anos, esse esgoto será tratado.

Eu queria dizer ao Ver. Engenheiro Comassetto que estamos de acordo com os investimentos na Rua Edgar Pires de Castro, no Porto Seco, na Av. Vicente Monteggia, e também que haja lotações na Restinga, na Hípica. V. Exª tem razão: é importante, e acho que V. Exª está realmente tratando dos assuntos importantes da nossa Capital. Muito obrigado, senhoras e senhores.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; cidadãos que aqui comparecem; telespectadores da TVCâmara; Secretário da Fazenda; assessores e servidores presentes - e são muitos -, nossos cumprimentos. Venho a esta tribuna, atendendo a um pedido de vários colegas Vereadores, pedir, em nome da harmonia, visando à possibilidade da construção de um projeto responsável - não que o meu não o seja -, para ganhar e para dar tempo também aos Vereadores que não entenderam o que nós estamos pretendendo com o Projeto que busca adiar o vencimento do IPTU em Porto Alegre, com desconto.

Quero dizer aos Vereadores que é impossível nós aceitarmos a condição de dar os 20% de desconto, quando o pagamento ocorre no primeiro dia útil de janeiro. Mesmo para quem tem valores reservados, mesmo para quem não tem problemas financeiros, é difícil! Imaginem, senhores e senhoras, para a grande maioria dos trabalhadores, que recebem os seus salário até o quinto dia útil, conforme determina a CLT, assim como os aposentados.

Nós entendemos que a Secretaria da Fazenda possa ter alguma dificuldade de desencaixe - possa ter! Temos muitas dúvidas a respeito disso e respeitamos o ponto de visto da Secretaria. Agora, entre ficar com a Secretaria ou com as dificuldades do povo, fico com as dificuldades do povo, porque a diferença é pouca, são dois, três dias.

Estamos propondo uma emenda para que os Vereadores avaliem, para que os técnicos da Fazenda avaliem. Deixa tudo como está, apenas proponho uma emenda com um vencimento intermediário, que é o seguinte: quem não pagou no primeiro dia útil com 20% de desconto, que possa pagar até o dia 15 com 15% de desconto, e a outra parcela fica para fevereiro.

Confesso, do fundo do coração: há 30 anos trabalho com administração de imóveis e condomínios em Porto Alegre, e não estaria aqui falando aqui o que não sei ou que não teria segurança; estou falando com conhecimento de causa. Sei perfeitamente, também, que há, sim, um segmento - os próprios bancos - que financia esses valores. Muitas pessoas usam o cheque especial para usufruírem os 20% de desconto, pagam juros. Por que vamos tirar da população e dar aos bancos?

Preciso que os Srs. Vereadores entendam que estamos abertos, não precisa ser como estamos propondo, mas não dá para deixar como está. Somos o único Município, que eu tenho conhecimento, que mantém essa data. Eu peço que os Vereadores e os técnicos da Fazenda construam qualquer outra condição para sair dessa possibilidade do primeiro dia útil, e aí vou lembrar o seguinte: se nós colocarmos a outra condição, que é o pagamento no quinto dia útil com 15% de desconto, aqueles que estão pagando hoje não vão deixar de pagar, porque não há nenhuma aplicação que vai dar mais de 5% por uma diferença de três, quatro dias. E aí nós estaremos, com certeza, fazendo justiça, e por isso, Sr. Presidente, eu atendi ao pedido de solicitar o adiamento por três Sessões, atendendo ao apelo dos meus colegas Vereadores. Não precisa ser como eu quero, mas nós precisamos enfrentar essa situação. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoamos o Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita o adiamento, por três Sessões, da discussão do PLCL nº 005/10.

O Ver. João Antonio Dib está com a palavra.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, é importante o assunto ventilado pelo Ver. Bernardino, é necessário para a Prefeitura, e nós precisamos decidir isso em seguida, não podemos estar adiando. Acho que temos que votar hoje “sim” ou “não”, e o problema se resolve. Depois nós podemos ter dados para discutir eficientemente a matéria, mas, evidentemente, ele tem o direito de pedir o adiamento. Eu sou contrário ao adiamento.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Eu proponho, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, passarmos à discussão de Pauta. O Projeto do Ver. Bernardino Vendruscolo é o terceiro da Pauta. Para não atrasarmos os jovens estudantes que estão aqui, após a votação do projeto de denominação de rua e o da recarga fracionada da passagem escolar, nós vamos colocar em votação o Requerimento de adiamento, requerido pelo Ver. Bernardino Vendruscolo. Vamos dar prosseguimento à discussão da Pauta Especial.

O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, inicialmente peço que V. Exª, Sr. Presidente, me alerte ao término dos primeiros cinco minutos, porque quero reservar o tempo restante ao Ver. Sebastião Melo, com o qual acordei que usará o tempo complementar. Aliás, quero dizer que vou reservar ao Ver. Sebastião Melo a oportunidade de discutir números. Na verdade, vou ceder todo o tempo para o Ver. Sebastião Melo. Ver. Sebastião, V. Exª pode ocupar a tribuna, eu vou ceder todo o tempo para V. Exª, porque, obviamente, eu não quero parecer antidemocrático, que não concedo aparte, e o combinado foi que, nos cinco minutos que teríamos, nós ficaríamos restritos ao nosso pronunciamento. Então, nessas condições, convido o Ver. Sebastião a ocupar o restante do tempo aqui na tribuna.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Ver. Reginaldo Pujol, o Ver. Sebastião já está inscrito para falar depois, ele está inscrito normalmente na Pauta.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Mas qual é o regramento? Eu tenho os cinco minutos para falar?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Nós dividimos os dez minutos, sendo cinco para cada orador.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, com relação ao Orçamento, eu disse que o Ver. Sebastião Melo iria falar sobre números, porque eles são, no meu entendimento, secundários, dentro do que é a Peça Orçamentária no Direito brasileiro e nos orçamentos nacionais.

Enquanto, Ver. Haroldo, não tivermos um orçamento impositivo em que o que está escrito nele tenha que ser efetivamente realizado e que, se não o for, tenha que ser justificado, discutir passa a ser irrelevante. O Ver. Comassetto, por exemplo, propõe que incluamos no Orçamento a duplicação da Av. Edgar Pires de Castro, enfim, há uma série de obras no Extremo-Sul da Cidade, que vão desembocar no complexo do bairro Restinga. É evidente que sou a favor dessas propostas. Agora, eu pergunto, Verª Juliana: se eu colocar uma emenda nesse sentido, eu vou garantir que isso ocorrerá, ou vou gerar apenas uma expectativa que depois pode aumentar a frustração do morador daquele Bairro? Falou-se até no lotação ou no transporte especial para o bairro Restinga, adjacências, bairro Belém Novo e assim por diante. Isso é objeto de uma Lei que não é cumprida pelas mais diferentes razões, inclusive, em determinado momento, até por uma imposição judicial.

O Ver. Paulo Marques inclusive está legislando, ou tentando legislar sobre a matéria; esse assunto está fora do Orçamento. Eu vejo que a preocupação em se contemplar o bairro Restinga com um transporte seletivo adequado não é monopólio de quem quer que seja. Eu até diria que, a meu juízo, a legislação hoje existente já assegura essa possibilidade. É uma questão de vontade política e de decisão política da Administração de fazer ou deixar de fazer. Em determinado momento, tentou fazer; viu-se obstada por uma ação judicial em que uma pessoa completamente estranha à nossa realidade conseguiu uma Liminar que, por quatro anos, suspendeu a eficácia da Lei. Agora, o que fazer?

Concluo, dizendo que o Ver. Sebastião Melo, estudioso que é do Orçamento da Cidade, vai comentar números. Eu estou comentando ideias, ideias-forças. Eu sou um partidário do Orçamento impositivo. Enquanto isso não ocorrer na legislação brasileira, nós corremos o risco de vir, ano após ano, dizer que o Orçamento é uma mera peça de ficção, no qual se fixa a Despesa e se estima a Receita, porque é um exercício de futurologia na maioria dos casos. Ademais, pela Lei de Responsabilidade Fiscal e por outras legislações vigentes, até por normas constitucionais, o Orçamento é fortemente engessado por obrigações insuperáveis e exigências legais intransponíveis.

Por isso, vou ouvir com atenção o Ver. Sebastião Melo, que certamente será muito mais brilhante e eficiente do que eu fui aqui nesta tribuna.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Ilustre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; ilustres colegas Vereadores, venho aqui discutir basicamente três temas da nossa Proposta Orçamentária de 2011, que me chamam bastante atenção. O primeiro se refere à regularização fundiária. Para os que não moram na periferia da Cidade, que não moram no entorno da Cidade, este tema não é muito próximo, mas, sem dúvida nenhuma, para outras comunidades - e falo especificamente nas comunidades da Restinga, do Extremo-Sul, principalmente das regiões do Lami -, este tema é muito importante. A partir da regularização fundiária, essas comunidades têm a possibilidade de iniciar o seu processo de regularização total. A partir da regularização fundiária, elas passam a ter a luz, passam a ter água, passam a ter mais conforto, morar com cidadania e têm mais segurança. Então, eu louvo o investimento que se está fazendo nesse sentido.

Com relação à Educação, espero, sinceramente, que possamos avançar e que possamos avançar naquilo que as escolas privadas, inclusive, não só as públicas, têm sinalizado dentro da Pedagogia, que é a escola de turno integral. É importante que possamos retomar a ideia de Brizola, da escola de tempo integral, e com o PDT, na figura do ilustre Prefeito da Cidade, tenho muita esperança em relação a isso!

Para concluir, aproveitando este tempo que me resta, vou falar da Saúde. Não tem como analisar a questão da Saúde - e aqui está o Programa A Receita é Saúde - sem que seja de uma forma geral e encadeada; a atenção básica, com os seus PSFs, com as suas Unidades Básicas de Saúde. Existem comunidades que têm vocação para ter uma Unidade Básica de Saúde; existem comunidades que têm necessidade de ter o Programa de Saúde da Família. É importante que não desconsideremos as Unidades de Pronto Atendimento, não como foi feito aqui na Comissão de Saúde, há pouco tempo, dizendo que as Unidades de Pronto Atendimento são só mais um apêndice. Não, Ver. Tarciso, as Unidades de Pronto Atendimento são como um time de futebol que não tem o meio-campo. Se nós não tivermos a Unidade de Pronto Atendimento, Ver. Tarciso, o meio-campo, nós certamente teremos uma Saúde deficiente. E, sem dúvida nenhuma, temos de pensar no setor terciário e nos dois hospitais do Município.

Nós temos recursos gravados aqui para o HPS; nós temos recursos gravados para o Hospital Materno-Infantil Presidente Vargas. O Ver. Comassetto lembrou bem a questão da UPA no Hospital Parque Belém. Somos defensores de primeira hora disso, porque acreditamos que uma UPA no Hospital Parque Belém vai fazer com que aquele Hospital possa ter a sua capacidade redobrada, vai potencializar a ação do Hospital e, sem dúvida nenhuma, vai traçar o caminho para que nós, lá, possamos ter o Hospital de Pronto Socorro da Zona Sul.

Mas é fundamental tudo isso, que tudo isso seja discutido com a comunidade, que não seja decidido com um pequeno grupo fechado, que não seja discutido dentro de uma sala, mas, sim, seja discutido no seio da comunidade, perguntando a cada um o que verdadeiramente quer. E, por isso, estaremos no HPS, no dia nove, para discutir a questão da ampliação e implementos daquele Hospital. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Ver. Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras; prezados jovens que estão aqui numa luta cidadã e estão de parabéns por compreenderem que a história é feita por suas mãos, e pela paciência de ouvir - ou não ouvir - o debate do Orçamento. É que, no ano que vem, nós teremos 4 bilhões para o Orçamento da Prefeitura de Porto Alegre, que parece muito dinheiro, mas que é uma Cidade que tem muitas demandas.

O Prefeito Fortunati, ao entregar o Orçamento aqui, comentou que este Orçamento vai ter como, talvez há 20 anos - não sei, Ver. Dib -, um percentual de 18% de investimentos, que é um percentual que há muitos anos não conseguimos chegar na Cidade de Porto Alegre.

Acho que a nossa Cidade está vivendo um momento único, que é um momento vinculado ao do Brasil. O próprio Prefeito registrava que esse alto índice de investimento devia-se a financiamentos federais da Caixa Econômica Federal para programas de habitação, para programas de transporte urbano, de trânsito, de interferência nas nossas ruas e avenidas, para programa de saneamento, Ver. Pujol. E a linda e maravilhosa notícia é que há a previsão finalmente do Programa Integrado Socioambiental - e quero falar isso aos nossos jovens da cidade de Porto Alegre -, que vai fazer o tratamento do esgoto de Porto Alegre, que vai liberar as águas do Guaíba de receber os esgotos in natura, porque o que há de mais precioso na nossa Cidade é o nosso manancial de águas. E hoje apenas 27% do esgoto é tratado, e nós colhemos no Guaíba a água para beber, sujamos essa mesma água e gastamos muito dinheiro limpando, Ver. DJ Cassiá. Nós não podemos tomar banho, e os nossos pescadores - porque nós temos uma importante atividade econômica e social, que é a pesca em torno das nossas ilhas, que é a pesca no rio Guaíba - são prejudicados, sim, por uma água poluída. Eu acho, Ver. Braz, que esta é a grande e a linda notícia: no ano que vem, haverá muito recurso no Socioambiental e a previsão de termos 70% do esgoto tratado é de 2013. É uma linda previsão! Acho que esta Câmara teve muitos momentos duros de debate sobre o Programa Integrado Socioambiental, nós discutimos técnica, discutimos processos e queremos ver o nosso rio quase saneado, e queremos logo que a Cidade esteja planejando, Ver. Bosco, tratar 100% de seu esgoto. Essa é uma das pautas mais atuais, mais contemporâneas. A Onda Verde, o movimento mundial tem pautado este assunto, que não dá mais para vivermos explorando o planeta, retirando a condição de renovação, de sustentabilidade, de suporte à vida.

Então, este Orçamento é o da boa notícia; é o Orçamento da esperança. Nós temos intervenções, e essa grande intervenção de 18% de 4 bilhões tem a ver, Presidente Tessaro, com uma política do Governo Federal, com um Brasil crescendo, com crescimento econômico, com Estados e Municípios. E nós só temos que festejar com esse crescimento, que é um crescimento com humanização, com inclusão, com recuperação do meio ambiente.

Então, digamos que, em todos esses anos, talvez esta seja a fala mais positiva que já fiz, Ver. Toni Proença, em relação ao Orçamento de Porto Alegre. Nós queremos fiscalizar para que ele seja muito bem utilizado e para que a Cidade ganhe permanentemente com a vinda dos investimentos, e não apenas no momento da Copa.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Presidente Nelcir Tessaro; colegas Vereadoras e Vereadores, em primeiro lugar, eu quero saudar os nossos visitantes. Quero dizer à juventude, maciçamente do lado direito das galerias - e não é que não haja jovens do lado esquerdo das galerias -, que a forma de nós votarmos essa matéria é que vocês também contribuam com o debate. Nós estamos aqui fazendo acordo com essa Pauta, justamente para dar celeridade ao processo dos nossos queridos amigos da direita das galerias.

É uma pena que, neste momento, o Ver. Engenheiro Comassetto não esteja no Plenário - ele está na Casa -, mas a Bancada do PT está aqui e poderá, com certeza, socializar esta informação. Certa feita, Ver. Comassetto, a sua Líder do Senado da República, Ideli Salvatti, disse assim: “Tem que ter o Orçamento só para o Senador Paim.”

Presidente, eu vou pedir que V. Exª garanta o meu tempo.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Eu vou retornar o seu tempo, Ver. Sebastião Melo. Peço silêncio, pois há um Vereador na tribuna.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Certa feita, a Senadora Ideli Salvatti disse o seguinte: “É preciso ter um Orçamento para o Brasil e outro para o Paulo Paim.” Pois eu quero dizer que, fazendo um paradigma, aqui em Porto Alegre nós temos que ter um Orçamento para a Cidade de Porto Alegre e outro para o Ver. Comassetto, porque ele fala do Orçamento que não é a Receita de Porto Alegre.

Em segundo lugar, eu quero cumprimentar V. Exª, Ver. Comassetto, e dizer que a Bancada do PT teve uma grande evolução. Eu estou nesta Casa há dez anos, e há dez anos, Ver. Cecchim, quando se falava em emendas, nesta Casa, para os Vereadores de oposição era como se o diabo estivesse olhando para a cruz; hoje a Bancada do PT, de forma acertada, diz que também os Vereadores, além do Orçamento Participativo, podem fazer emendas. Isso é uma evolução, e eu tenho que cumprimentar Vossa Excelência.

É evidente que o Orçamento de uma Prefeitura é sempre menor do que suas demandas. V. Exª coloca algumas coisas como lotações, o que não tem nada a ver com o Orçamento! O que está faltando nesta Cidade é uma decisão que passa pelo Comtu, pelo Prefeito, pelo Secretário de Transportes, para que eles decidam se querem ou não os lotações, porque, até agora, as empresas de ônibus, junto com a ATL, têm dominado; elas é que têm decidido sobre isso. Então o Orçamento é curto, é claro que é curto! É curto em São Paulo, em Goiânia, em Curitiba, é curto em Porto Alegre, sabe por que, Ver. Comassetto? Não é porque o Governo é do Presidente Lula, não se faça injustiça. O Brasil tem uma das maiores cargas tributárias do mundo e um dos piores serviços públicos do mundo! Mas quero dizer que, dos 40% do PIB brasileiro, que vão para a máquina pública, 63% fica com o Governo da União, 23% com os Governos Estaduais e minguados 13,5% com as Prefeituras.

Aliás, eu acho que podemos instituir, na Lei Eleitoral das próximas eleições, atrasadamente, que o primeiro curso que um Prefeito tem de fazer é o de malabarista, porque ele tem toda essa demanda em cima dele e pouquíssimos recursos.

 

O Sr. Engenheiro Comassetto: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Sebastião Melo, quero cumprimentá-lo. Primeiro, quero afirmar que o momento de discussão do Orçamento é um belo momento para discutirmos os projetos da Cidade e as contribuições que podemos dar. Segundo, essa questão da distribuição do bolo é verdadeira, um pacto federativo e republicano é necessário. Agora, neste momento, o que está no Orçamento é que Porto Alegre está recebendo 413 milhões do Governo Federal por projetos diretos; temos de louvar isso.

Por último, quero dizer que o senhor reconhece, sem dúvida nenhuma, que o Sen. Paim é o Senador que mais trabalha lá no Congresso Nacional. Um grande abraço.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Que bom que V. Exª tem convergência, mas tropeça, de novo, com uma falsa informação na reta final do seu aparte. Porto Alegre não está ganhando, não. Porto Alegre e outros Municípios brasileiros produzem a riqueza deste País, Ver. Pedro Ruas. Quem faz demagogia é o Governo Federal, que manda inscreverem-se 60 mil pessoas no Programa Minha Casa Minha Vida, nesta Cidade, e vão atender dez mil. E os outros 50 mil vão ficar com o guarda-chuva na mão aguardando o Minha Casa Minha Vida.

Aliás, eu vou dizer uma coisa, com todo o respeito: eu já vi populismo na minha vida, mas, atualmente, como este, eu nunca vi. A velha Arena tem de nascer novamente do caixão; a velha Arena tem de renascer do caixão, de tanto populismo.

Então, eu não tenho nenhum problema em discutir o Orçamento na sua inteireza. Agora, por favor, o Orçamento não é uma invenção do atual Governo, não é uma invenção dos governos anteriores; é uma peça possível dentro de um arrocho que o Brasil produz em relação aos seus Municípios.

Todos concordam com Reforma Tributária, sim, da maneira deles. O Presidente Lula teve maioria para tudo; o Presidente Fernando Henrique teve maioria para tudo, só não quiseram fazer as reformas essenciais que este País precisava, que são a reforma política e a tributária, que não quiseram fazer. Então, por favor, vamos devagar com o andor, porque o santo é de barro. Acho que é uma grande oportunidade, sim.

Quero dizer ao Ver. Comassetto que, em relação a Av. Edgar Pires de Castro, o Projeto nem sequer chegou a Brasília. O da Vicente Monteggia chegou, mas o da Edgar Pires de Castro ainda não chegou. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, Verª Fernanda Melchionna, minha colega de Bancada, nós queremos, Ver. Toni, a votação do passe fracionado já! Nós temos de debater este Orçamento, e, aqui, Ver. Dib, eu lembro a todos os colegas o seguinte: nós temos, no início de cada Legislatura, a discussão e votação do nosso Plano Plurianual. No ano seguinte, nós temos a Lei de Diretrizes Orçamentárias, prevendo os aspectos da execução do Plano Plurianual para os seguintes três anos. E a cada ano temos a LOA - Lei do Orçamento Anual.

Pois bem, essas peças que são discutidas, debatidas, com emendas, com negociações, não podem virar meras figuras de ficção. Nós não podemos ter no Orçamento, que mobiliza a população, que traz comunidades inteiras a essas galerias, que demanda trabalho dos Vereadores e das Comissões, algo que depois não é executado. Segundo essas normas que regulam quaisquer orçamentos em nível federal, estadual, municipal temos que ter uma prestação de contas bimestral e realmente temos; a CEFOR recebe isso efetivamente. Na verdade, do meu ponto de vista, todos os Vereadores deveriam receber a prestação de contas bimestral. O Ver. João Dib me informa que todos a recebem. Melhor. Temos que ter efetivamente a fiscalização daquilo que é aprovado e que depois não é cumprido. Dou três exemplos sobre os quais a Verª Fernanda Melchionna, que os conhece melhor, falará logo em seguida: o Posto de Saúde, lá da Lomba do Pinheiro, dos indígenas; o transporte hidroviário e o Projeto de Vossa Excelência, entre outros tantos que constam em orçamentos e nunca são executados. Temos agora a informação de que as emendas populares e de Vereadores têm o prazo de até a próxima quarta-feira para serem apresentados. Hoje é quarta-feira. Portanto, temos apenas uma semana. Lembro os Vereadores e as Vereadoras de que a população, as comunidades organizadas têm uma semana para a apresentação de emendas populares para poderem ser apreciadas em relação a este Orçamento que bate, Vereadores e Vereadoras, recorde histórico. Nós temos uma projeção, Verª Melchionna, de quatro bilhões de reais de Orçamento para 2011, quatro bilhões de reais! Temos praticamente o dobro - me corrija, Ver. João Dib, se eu estiver errado - do que há dois anos, no início da Legislatura, mais ou menos isso, quatro bilhões de reais! Ora, isso é verba que dá para executar, sim, o que tivemos como orientação no Plurianual, como diretriz na LDO e agora como decisão no Orçamento, decisão com cada setor identificado com a verba a ser gasta, com as rubricas perfeitamente mencionadas e referidas.

Portanto, não há desculpa alguma no Orçamento recorde, que teremos em 2011, para qualquer das decisões, sejam do Executivo aprovadas aqui, sejam do Legislativo aprovadas e sancionadas, Ver. DJ Cassiá, e não sejam executadas. Repito: nós teremos – o Fortunati nos trouxe, estavam aqui o Secretário da Fazenda e os representantes do Governo - mais de 4 bilhões de reais, onde a verba principal continua a ser do ISS, seguida do IPTU. E nós teremos, portanto, um Orçamento extraordinário em 2011, o maior da história da Capital! O maior da história da Capital!

Então, redobra a nossa obrigação e o nosso direito de fiscalização, de fazer exigências e de cobrar a execução do Orçamento.

Concluo por aqui, dizendo que a nossa obrigação e o nosso direito é fiscalizar o cumprimento, a execução deste que será, Verª Fernanda, o maior Orçamento da história de Porto Alegre. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir a Pauta Especial.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Srs. e Sras Vereadoras, a juventude das escolas estaduais que está aqui conosco e os Agentes Comunitários de Saúde, nós sabemos que há uma série de projetos importantes para serem votados hoje por esta Câmara, mas o maior Projeto ou a discussão que mais pode garantir que, de fato, o próximo ano e os anos subsequentes tenham resposta às demandas históricas da juventude e da Saúde em Porto Alegre é justamente este momento do Orçamento.

Por isso é muito importante que a Casa esteja participando dos movimentos estudantis, dos movimentos sindicais, para poder fazer uma discussão muito importante que, ultimamente, lamentavelmente, tem passado batida pelos governos e que, sucessivamente, tem sido muito levantada nesta Casa, com várias intervenções, muitos minutos de fala, mas que não tem sido executada lá, quando a Prefeitura tem obrigação de executar o que foi votado pela Câmara Municipal.

Vocês sabem que todo o ano, quando se apresenta o Orçamento, há uma série de projetos que têm as rubricas específicas, a verba específica para ser executada.

E eu gostaria de trazer alguns exemplos muito importantes para se batalhar, para que, em 2011, sejam, de fato, executados.

A Secretaria Municipal da Juventude tem o dever, a obrigação, o intuito, de fazer projetos culturais para os nossos jovens de Porto Alegre, tem que pensar a cultura e o lazer em todos os cantos na nossa Cidade; tem que fazer projetos de combate à gravidez na adolescência, de combate ao uso do crack, mas gastou, em 2009, menos de 20 mil reais. Não por conta do Secretário, mas porque a Prefeitura fez economia com o dinheiro que deveria ser investido na juventude da nossa Cidade!

Na Saúde, que é muito importante para Porto Alegre, nós sabemos a quantidade de problemas por que passa o povo quando espera meses por uma consulta, quando espera anos por uma cirurgia, quando chega ao posto e não encontra nenhuma resposta imediata para os seus problemas de saúde, que, na maioria das vezes, são problemas de Saúde pública. A Saúde teve, nos últimos quatro anos, menos investimentos que a publicidade. Pasmem! A Prefeitura gastou mais comprando espaços para propaganda nos grandes jornais que circulam na nossa Cidade, prometendo ou dizendo que fez do que fazendo de verdade, investindo nos profissionais que estão lá na ponta, investindo para que a população tenha uma saúde de qualidade. Não é à toa que até hoje nós não tenhamos executado, Ver. Pedro Ruas, os nossos projetos, que eram de saúde, para os indígenas que moram na Lomba, os indígenas que foram dizimados no nosso Brasil, que foram saqueados pelos portugueses e que ainda vivem em condições miseráveis, porque o Governo não se responsabiliza em garantir sequer a sua saúde em Porto Alegre.

No Projeto que fizemos “Na Correria”, que era para dar a primeira oportunidade de emprego para a juventude - e todos os jovens sabem como é difícil conseguir o primeiro emprego porque não têm experiência - casava o Ensino Técnico com a primeira oportunidade de emprego e o retorno às comunidades. Conseguimos aprovar 50 mil para esse Projeto, e vocês sabem quanto foi executado? Nenhum centavo, nenhum centavo!

O projeto do transporte hidroviário, para, primeiro, baratear a passagem intermunicipal; segundo, para a preservação do meio ambiente; terceiro, para a celeridade no transporte - projeto de 1993 do Ver. Pedro Ruas. Este Projeto, por conta do lobby das empresas de ônibus, nenhum Governo teve a coragem de garantir um transporte de qualidade para os porto-alegrenses e mais barato para quem mora na Região Metropolitana.

Então, de fato, o que nós temos de discutir aqui não é uma peça de ficção científica, não é a discussão dos planos inimagináveis como o cinema faz, mas é o Orçamento real das necessidades reais do povo porto-alegrense e, sobretudo, da pressão popular daqueles que acompanham a luta da nossa Cidade. Então, quero fazer esse alerta, porque, se cada um de nós pressionar a Prefeitura e lutar para que haja mais justiça na distribuição dos recursos municipais, Porto Alegre pode ser uma Cidade melhor. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

(O Ver. Nelcir Tessaro reassume a presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Encerrado o período de discussão de Pauta e Pauta Especial.

Apregoamos a Emenda nº 05 ao PLL nº 033/10, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto. (Lê.): “O sistema de bilhetagem eletrônica deverá bloquear os cartões, sempre que solicitados pelos seus titulares.”

Apregoamos a Emenda nº 01 ao PLCL nº 005/10, de autoria dos Vereadores Bernardino Vendruscolo, Reginaldo Pujol e Toni Proença.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Só para esclarecer: como precisamos da assinatura de Liderança para propor a Emenda, eu pedi ao Ver. Reginaldo Pujol que me permitisse fazer tramitar essa Emenda. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Emenda tem o seguinte teor (Lê.): “Modifica o inciso I do art. 1º do PLCL, que passa a ter a seguinte redação: Art. 82 - I - até 20% (vinte por cento) de redução, se o pagamento for efetuado até o primeiro dia útil do mês de janeiro do ano de competência e até 15% (quinze por cento) de redução se o pagamento for efetuado até o quinto dia útil do mês de janeiro do ano de competência.”

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadoras e Vereadores, senhoras e senhores que nos assistem, prezada imprensa, nós estamos em um período de disputa eleitoral e debatemos o tema da democracia e do direito à liberdade de imprensa, que é um tema que o Partido dos Trabalhadores sempre defendeu e continuará defendendo, mas eu venho aqui como Liderança do PT, neste momento, para dizer a alguns veículos de imprensa que nós também queremos um tratamento igual ao dos adversários. Todos sabem que o PT tem a sua candidata, num amplo leque de alianças, que é a Dilma Rousseff, mas, se nós abrirmos o jornal Zero Hora (Mostra jornal.), há uma página toda em defesa do Serra, em uma notícia mais inócua impossível: que o Fogaça tomou posição, agora, na defesa do Serra, enquanto há uma pesquisa que muda as tendências do Brasil, em uma matéria de um terço de página, falando da minha candidata.

Então, eu falo aos veículos de imprensa que estão aqui que defendemos a liberdade de imprensa, sim, mas nós queremos o direto à igualdade; que os espaços na mídia televisionada, falada e escrita tenham a mesma posição e a mesma postura. Este é o momento para nós discutirmos, sim, esses temas. E há um tema, colegas Vereadores da oposição e da situação, que tem sido colocado, muitas vezes, erroneamente, de que há candidatos que estão contra a liberdade de imprensa, e, muitas vezes, atribuem isso à nossa candidatura.

Quero trazer esse tema, porque nós precisamos discuti-lo frente a frente. E mais: eu sempre leio os jornais, sempre ouço os debates, e quero dizer à emissora RBS que, hoje pela manhã, eu a ouvi entrevistando longamente o Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, defendendo o José Serra. Portanto, venho a esta tribuna pedir que amanhã eles entrevistem o Prefeito Fortunati, que defende a Dilma Rousseff, que é desta Cidade e que defende um Projeto. O que tem a ver o Prefeito Kassab com o Rio Grande do Sul ou com Porto Alegre? Nós queremos liberdade de imprensa, sim, mas com direito de igualdade a todas as posições políticas.

Por último, em nome da minha Bancada do Partido dos Trabalhadores, quero convidar todos os colegas Vereadores e Vereadoras para duas grandes caminhadas em Porto Alegre. Amanhã à tarde, às 14h30min, com a cidadã de Porto Alegre aprovada por unanimidade aqui nesta Casa, a candidata à Presidência Dilma Rousseff, saindo da Esquina Democrática; e sexta-feira, pela manhã, às 9h30min, o PT e todos os Partidos aliados - PDT, PTB, PMDB, PPL, PCdoB, PSB - estaremos no aeroporto recepcionando o nosso candidato a Vice-Presidente, Michel Temer, Presidente Nacional do PMDB. Nesse sentido, quero convidar especialmente os Vereadores do PMDB para recepcionar o seu candidato nacional à Vice-Presidência da República.

Esta fala, sim, é uma fala política do Partido dos Trabalhadores, em nome da nossa Liderança. Esta é uma Casa política! Aqui têm que se fazer os debates! Aqui têm que se assumir as posições! E aqui o Partido dos Trabalhadores convida todos, principalmente o nosso companheiro Sebastião Melo, que foi Presidente duas vezes desta Casa, para, sexta-feira, recebermos o Presidente Nacional do PMDB, Michel Temer. Um grande abraço a todos. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, esse pronunciamento do Ver. Engenheiro Comassetto é de um oportunismo horrível! Esta Casa não pode ser utilizada para esse tipo de política. Esta Casa fala em nome do povo de Porto Alegre. Esta Casa foi, na verdade, agora, enxovalhada com esse tipo de discurso. Se o Ministério Público, Sr. Presidente, estiver acompanhando a Sessão desta tarde, não é o Ver. Engenheiro Comassetto, com as suas bravatas e com a sua demagogia, que vai pagar o pato. É a Casa! É V. Exª, que é Presidente desta Casa! É a Mesa Diretora! São todos os Vereadores!

Então, esse tipo de oportunismo barato tem que parar de existir aqui nesta Casa, Sr. Presidente, porque esta Casa é para defender os interesses da sociedade, os interesses dos porto-alegrenses.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Feito o registro, Vereador. Ver. Comassetto, nós não vamos entrar em debate político.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Ele usou o meu nome...

 

(Som cortado, conforme determinação da presidência dos trabalhos.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereador, não vamos entrar em debate político. Não vou conceder o tempo.

Solicito que a nossa equipe de TV faça um CD especial do discurso, e vou enviá-lo à nossa Procuradoria da Casa, para que verifique.

Solicito a abertura do painel. (Pausa.)

 

(Manifestação do Ver. Engenheiro Comassetto, fora do microfone.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vereador, eu já havia solicitado a abertura do painel. O senhor terá todo o seu tempo após a abertura da Ordem do Dia; antes, não.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro – às 15h48min): Havendo quórum, passamos à

 

ORDEM DO DIA

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 2555/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 111/10, de autoria da Verª Sofia Cavedon, que denomina Rua Ana Maltz Knijnik o logradouro público cadastrado conhecido como Rua Lobélia, localizado no Bairro Três Figueiras.

 

 

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CUTHAB. Relator Ver. Elias Vidal: pela aprovação do Projeto.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 22-09-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 111/10. (Pausa.) O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 111/10.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu venho à tribuna, Sr. Presidente, para discutir esta matéria, porque, obviamente, nós temos que, doravante, seguir uma orientação que eu tenho procurado colocar aqui, na Casa. Aqui nós temos que votar com tranquilidade, com serenidade e até mesmo saber claramente o que a gente está votando e seus efeitos. A homenagem póstuma que a Verª Sofia quer prestar a essa cidadã é mais uma homenagem ao viúvo, o Dr. Mauro Knijnik, que permanece aqui na terra, e eu apenas, nas discussões das mais diversas que têm acontecido aqui, não sei por que essa matéria veio à discussão, porque as matérias que têm Parecer favorável das Comissões, necessariamente, não têm de vir ao plenário e são consideradas aprovadas, independentemente de virem. V. Exª certamente vai me explicar que pediram o art. 81. Isso tem sido um problema para nós, à medida que a gente deixa de utilizar um instrumento regimental que clarifica, responsabiliza e, mais do que isso, retira qualquer dúvida dos debates aqui nesta Casa. Por isso, Vereadora, eu já conversei com V. Exª nesse sentido, pedi que V. Exª me desse esclarecimentos sobre a pessoa homenageada, V. Exª gentilmente me esclareceu, eu aderi à sua proposta, só que eu vou ser, doravante, uma pessoa muito malquista aqui na Casa, porque eu não vou deixar de usar a tribuna para esclarecer determinados fatos. Eu não quero que se repitam algumas situações que, involuntariamente, se constituem, e que agora nós temos o dever de impedir que sejam realizadas. Trata-se de uma justa homenagem; evidentemente o local onde a homenagem vai ser realizada já foi regulamentado, não houve necessidade do apoiamento das assinaturas dos moradores, como V. Exª sempre exige nos outros projetos, mas neste a senhora abre uma exceção que, daqui para diante, a sua exceção vai ser a nossa regra. Pela aprovação do Projeto.

 

A Srª Sofia Cavedon: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Pujol, a Ana Maltz foi uma pessoa que se dedicou muito ao tema da criança e do adolescente, e o Mauro, seu esposo, construiu a possibilidade de nominar essa rua. É um condomínio novo, não possui moradores, e o empreendedor que construiu o condomínio autorizou, há uma construção com ele. Está bem? É isso.

 

O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Reginaldo Pujol, a Lei Orgânica é clara, precisa e concisa: projeto aprovado nas Comissões está aprovado e deve ser sancionado pelo Prefeito, a não ser que haja requerimento para vir a Plenário, mas não é requerimento pelo art. 81.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Bom, Ver. Dib, temos a seguinte situação: o Projeto não esgotou a sua tramitação, então foi requerido o art. 81, sendo deferido pela Mesa. Nessas condições, não cabe alternativa a não ser votarmos. O certo seria - concordo com V. Exª - que ele tivesse completado a tramitação e fosse sancionado normalmente, como um Projeto que foi examinado por todas as Comissões Temáticas da Casa. Não houve isso, então não nos resta alternativa a não ser acompanharmos a autora e votar favoravelmente à homenagem que ela pretende transformar em lei.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra para discutir o PLL nº 111/10.

 

O SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Srs. Vereadores e Sras Vereadoras. Verª Sofia Cavedon, este Projeto veio a plenário, porque a Vereadora pediu que fosse respeitado o que consta no art. 81. Teve passagem pela CCJ com Parecer favorável; pela CUTHAB, com Parecer favorável. E, Ver. Pedro Ruas, quando exatamente ia à Comissão de Educação, onde a Vereadora, constantemente, tem votado contra, porque faltam as assinaturas da comunidade, ela pediu o art. 81 da Lei Orgânica Municipal. Achei muito estranho, porque não precisava. Ela poderia simplesmente aprovar, porque está legal, regimental, adequado, sem problema. Trata-se de uma rua em que não há moradores, e há uma solicitação do Condomínio. Entende-se que isso pode ser considerado assinatura, porque a Lei pede assinaturas de moradores do entorno. Então, como a gente não sabe se é entorno ou não, a gente aceita normalmente um pedido do próprio Condomínio, que é o responsável pelo loteamento.

A homenagem à Srª Ana Maltz Knijnik é importantíssima. Ela foi uma grande senhora e esposa do Dr. Mauro Knijnik. Eu só lamento que se tenha usado essa desculpa para não fazer uma incoerência na sua Comissão, que sistematicamente tem votado contra. Esse é um logradouro público cadastrado, não precisaria da assinatura de ninguém, é o que diz a lei, mas ela não quis dar o braço a torcer, para passar pela sua Comissão e ser obrigada a votar contrariamente. Lamento, Vereadora. Eu vou votar a favor, está perfeito o seu Projeto, mas a senhora não precisava fazer isso, porque está perfeitamente inadequado. A senhora, só para não ser incoerente e votar contra, pediu o art. 81 da Lei Orgânica Municipal. É lamentável o seu procedimento. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, não acho que se precise se perder mais tempo com esse tema. Apenas quero dizer ao Ver. Nedel que ele está fazendo uma interpretação incorreta. Passaria tranquilamente pela CECE, que tem votado a partir da discussão, mesmo sem assinaturas, mas quero dizer que, nesse caso, só não há assinaturas, porque não há moradores. Há acordo com o proprietário do empreendimento, e não há moradores ainda lá. Obrigada.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Eu lamento, Sr. Presidente, que a gente ainda continue discutindo sobre nomes de ruas em Porto Alegre. Independentemente da atitude que foi tomada, discutir nomes de ruas, com tantos projetos importantes para decidir...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Feito o registro.

Em votação o PLL nº 111/10. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 0802/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 033/10, de autoria do Ver. Toni Proença, que estabelece a recarga fracionada de créditos eletrônicos no cartão escolar do sistema de bilhetagem eletrônica do Município de Porto Alegre e revoga o § 2º do art. 6º da Lei nº 5.548, de 28 de dezembro de 1984. Com Emendas nos 01 e 02.

 

Parecer:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e das Emendas nos 01 e 02.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 18-10-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 033/10. (Pausa.) O Ver. Toni Proença está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sr. Vice-Presidente, Ver. Mario Manfro; Sras Vereadoras; Srs. Vereadores; nossos amigos Agentes de Saúde, hoje conosco; estudantes de todas essas escolas que vieram hoje à Câmara de Vereadores, da Escola Professor Alcides Cunha, do Instituto Professora Gema, da Escola José Feijó, da Escola Lauro Rodrigues, do Colégio Godoy, do Instituto Dom Diogo, do Colégio Inácio Montanha, do Colégio Raul Pilla, do Instituto de Educação, da Escola Rafaela Remião, da Ildo Meneghetti, do Paula Soares, da Escola Padre Reus e outros alunos que estejam aqui.

Este Projeto, senhoras e senhores, é um projeto que nasceu de uma demanda feita pelos próprios estudantes, pelos pais e mães de estudantes e também pelos professores. O que é este Projeto? Este Projeto é, na verdade, a possibilidade de dividir, de fracionar os créditos do cartão do passe escolar; este é o objetivo do Projeto. Até o evento, quando instalamos, em Porto Alegre, este avanço que é o Cartão Tri, as famílias podiam fazer o que eu chamo de um “malabarismo orçamentário”: eles dividiam o saquinho de fichas, quando com mais de um ou dois filhos, no caso daquelas famílias que não têm renda regular ou que têm renda muito baixa, e faziam a mágica do orçamento, dividindo as fichinhas do passe escolar entre os seus filhos. Com o cartão, ficou impossível fazer isso, e, desde sua implantação, as comunidades estudantis vêm reivindicando a possibilidade de dividir o fracionamento.

Recebemos essa demanda, fizemos o Projeto, passamos a discuti-lo com todos os grêmios estudantis. Tenho aqui uma relação imensa de grêmios estudantis que passaram a apoiar o Projeto, centros acadêmicos, união de estudantes, União Brasileira de Estudantes, União Gaúcha de Estudantes - UGES -; UMESPA, cujos dirigentes também vejo aqui; também fomos discutir o Projeto no Conselho Municipal de Transportes Urbanos, e tivemos lá a unanimidade da aprovação do Projeto. Discutimos com cada um e com cada uma das Vereadoras e construímos esse Projeto que, na verdade, é um anseio antigo de toda a comunidade escolar de Porto Alegre.

Portanto, venho a esta tribuna hoje pedir aos Vereadores e Vereadoras desta Câmara Municipal que a gente continue com esse avanço histórico da década de 50, Ver. Pujol, que é o passe escolar, a possibilidade de os alunos matriculados e com frequência escolar poderem ter um desconto na passagem para que possam ir à escola, e que isso facilite o orçamento das famílias e que também sirva de incentivo para que crianças, adolescentes e jovens possam estudar cada vez mais, já que é na educação que vamos resgatar a grande dívida social e o desenvolvimento que este País precisa.

 

O Sr. Dr. Thiago Duarte: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Toni Proença, quero lhe dizer uma singela frase: quem planta colhe, e V. Exª está colhendo exatamente aquilo que plantou. Parabéns pelo Projeto.

 

O SR. TONI PROENÇA: Agradeço as palavras do Ver. Dr. Thiago, pela sensibilidade e pelo carinho, muito mais pela generosidade. Quero dizer, sem nenhuma demagogia, com toda a humildade, que este Projeto é dos estudantes de Porto Alegre, é das famílias que querem manter seus filhos nas escolas e é de todos os Vereadores desta Câmara. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Apregoamos o Requerimento que solicita destaque à Emenda nº 05, de autoria do Ver. Engenheiro Comassetto, ao PLL nº 033/10.

Apregoamos a Emenda nº 02 ao PLCL nº 005/10, que altera o inciso I do art. 82 da Lei Complementar nº 07, de 7 de dezembro de 1973 - que instituiu e disciplina os tribunos de competência do Município -, e alterações posteriores, alterando o prazo para pagamento de imposto e taxa, de autoria do Ver. Idenir Cecchim e do Ver. Dr. Raul.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO (Requerimento): Presidente, eu pediria a gentileza de a nossa Assessoria distribuir cópia de todas as Emendas, para que possamos analisá-las. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Mario Manfro): Já está sendo providenciado e entregue aos Líderes.

O Ver. DJ Cassiá está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. DJ CASSIÁ: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, imprensa, juventude, estudantes que se encontram aqui, ora, Ver. Toni Proença, quero, de antemão, já dizer a V. Exª que este Projeto é importantíssimo, mas deveria ser bem diferente a situação; não deveríamos ter que aqui ficar discutindo a forma de um pai levar um filho para a escola. Vivemos em um País em que se trabalha só para pagar impostos. De cada 12 meses, aquele homem que pega o ônibus às 5h da manhã trabalha cinco meses para pagar impostos. E não vem para a Educação de qualidade, não vem para a Cultura! E deveria vir para a Educação e para a Cultura!

Eu quero dizer que a maior parte dos jovens - o jovem trabalhador, aquele mora na periferia -, quando chega ao 2º Grau, ele abandona os estudos, porque não tem condições de fazer uma faculdade. E quero dizer mais: muitas vezes é difícil um pai mandar um filho para escola, imaginem mandar três filhos para a escola! O Projeto é mais do que justo, Ver. Toni Proença! É mais do que justo! Eu quero dizer que falamos tanto em prevenção do crack, prevenção disso ou daquilo, mas prevenção se faz com prevenção, é levando o jovem para escola, é preenchendo o seu dia! Agora, se não tiver condições de ir para a escola, de ter o seu dia preenchido, com certeza, o malandro da comunidade da vila vai adotar esse jovem. Não tenham dúvida disso! Ver. Ferronato, o que eu estou falando aqui não é uma situação que eu li no jornal ou que vi na TV! E não há ninguém melhor para falar sobre a dor do que aquele que já sentiu a dor! Eu já cheguei a não ter condições de ter uma borracha para ir até o final do ano! Eu não tinha condições de ter um tênis para ir para a escola! Agora, imaginem não ter condições para ir à escola por falta de passagem! Não! Isso seria demais! E eu quero dizer que cada escola de porta fechada e aluno fora da escola é uma porta que se abre para o crime! É uma porta que se abre para o crime! Eu quero dizer que o justo e o correto seria cada pai e cada mãe ter condições de mandar os seus filhos dignamente para a escola, mas, infelizmente, ainda não é assim neste País. O País com que eu sonho é aquele que vai dar as mesmas condições para aquele lá do fundo da vila, Ver. Tarciso, lá do cantinho da periferia, que me deu o seu voto para eu estar aqui o representando; que ele tenha as mesmas condições que eu hoje tenho, graças a Deus, de colocar meus filhos em uma escola decente e com condições, e este é o meu sonho, o de ver acontecer com o filho da D. Maria e do Sr. João, que moram lá e me deram esse voto de confiança. “Eu só quero ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci!”

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Apregoamos o Requerimento, de autoria do Ver. Pedro Ruas, que solicita destaque da Emenda nº 04 ao PLL nº 033/10.

O Ver. Aldacir José Oliboni está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. ALDACIR JOSÉ OLIBONI: Nobre Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; colegas Vereadores e Vereadoras; público que acompanha a nossa Sessão no dia de hoje e, de modo especial, os estudantes que estão envolvidos neste Projeto ora trazido pelo colega Ver. Toni Proença; saúdo os profissionais da área da Saúde que estão acompanhando. Nós, cidadãos e cidadãs, temos de ter uma enorme preocupação com aqueles que menos têm, que menos possuem, sejam eles desempregados ou os que ganham um salário, dois, três salários mínimos e que, no orçamento do mês, uma passagem escolar pesa muito.

Muitas vezes, Ver. Toni - e por isso o parabenizo pela iniciativa, nobre colega -, quando um pai de família vai comprar as 50 passagens no cartão, pesa muito. O que está se propondo aqui é a compra fracionada, parcelada; poderá comprar 30, 20 ou 10. Está-se possibilitando que a EPTC, órgão do governo, possa oportunizar às famílias dos estudantes a compra fracionada das passagens.

Muitas vezes temos a resistência daqueles que são os gestores da Cidade, como tivemos há pouco um exemplo, pela manifestação do colega Ver. Bernardino, em relação ao pagamento dos tributos anuais, que são pagos até o final do mês com desconto, e não pagos até o quinto dia útil, quando se sabe que o trabalhador recebe até o quinto dia útil e que, portanto, deveria ter o direito de pagar até o quinto dia útil o que não acontece hoje. É o caso também desse tipo de iniciativa do colega Ver. Toni, que possibilita a compra da passagem fracionada.

Então, com certeza, nós, da Bancada do PT, vamos votar a favor, porque o Projeto dialoga com a política para a juventude. E nós sabemos que muito ainda tem de ser feito para a Cidade, para o Estado, para o País, em relação ao tema de políticas para a juventude.

Cito como exemplo que, em anos anteriores, nós aprovamos a meia-entrada para os cinemas de segunda a sexta-feira. E, num Projeto de Lei deste Vereador, nós queríamos estender esse benefício para os finais de semana também. Pois foi aprovado por este Plenário e vetado pelo atual Governo, mas nós continuamos com essa luta, porque achamos que é uma reivindicação dos estudantes, das entidades que, por sua vez, lutam por essa causa.

Portanto, a política para a juventude, Verª Fernanda, que passa pelo primeiro emprego, pelo estágio, é uma coisa que, na verdade, é a busca de dignidade, e nós queremos, sim, pautar, seja aqui, nesta Casa, seja na Assembleia Legislativa, seja no Governo Federal, esse tema, que são os locais de onde, de fato, saem as iniciativas para provocar, muitas vezes, Verª Sofia, os executivos na implementação de uma política adequada. Hoje, por exemplo, nós poderíamos dizer que muitos desses Agentes de Combate a Endemias são trabalhadores da Saúde devido ao serviço temporário. Se fosse pelo serviço público, determinam uma série de regras dentre as quais que acima de 40 anos não se enquadram, não podem participar.

Então, temos de ter política para a juventude, política para a primeira idade, política para a terceira idade. O cidadão quer trabalhar, quer ter dignidade, e a dignidade se faz com a possibilidade de a família ter uma renda para ter uma melhor qualidade de vida. Portanto, vamos votar a favor, e parabenizo o meu colega Toni Proença pela iniciativa. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, boa-tarde a todos e todas, eu quero, evidentemente, apoiar o Projeto do Ver. Toni Proença, em nome do PSOL, em meu nome e em nome do Ver. Pedro Ruas, que falará depois, e dizer que, de fato, o passe fracionado possibilita comprar as passagens conforme a disponibilidade de recursos da família e da verba oriunda do estágio.

Eu queria fazer uma reflexão muito profunda com os nossos jovens e com o cidadão de Porto Alegre. Por que será que a passagem de ônibus, em Porto Alegre, é uma das mais caras no Brasil? Por que será que a passagem de ônibus, em Porto Alegre, aumenta sempre acima da inflação? Por que será que as pessoas pagam R$ 2,45 ou R$ 1,22 e têm que esperar 30 minutos para pegar um ônibus superlotado e ir feito uma sardinha enlatada para as escolas e para as universidades? Por que será que o direito de estudar, o direito de usar o transporte coletivo, que o Executivo tem por uma obrigação legal fiscalizar, virou um objeto de lucro para alguns empresários, donos do transporte coletivo, que, pasmem, gente, ganham milhões e milhões de reais às custas não só da juventude, mas também da juventude, mas às custas da população da nossa Cidade? Por que será que o valor da passagem, toda vez e sempre, aumenta o dobro da inflação? A população que trabalha acaba indiretamente perdendo o seu poder aquisitivo, porque o salário não aumenta como a inflação do transporte coletivo. Digo isso, porque o Conselho Municipal de Transporte Urbano - Comtu - aprova todo ano o aumento da passagem, sem nenhuma fiscalização concreta, sendo que a maior parte das entidades representa ou os empresários do transporte coletivo ou entidades que apoiam o aumento das passagens. Digo isso, porque esta Câmara tem a obrigação de discutir e de defender os interesses do povo de Porto Alegre, e nós, em fevereiro deste ano, fizemos uma discussão sobre o aumento da passagem do transporte coletivo em que vieram dezenas de estudantes do Japão cobrar dos Vereadores e das Vereadoras para que sejam mais lutadoras contra o aumento do transporte coletivo. Por que será que entra Governo e sai Governo, e ninguém pede uma auditoria nessas empresas de transporte coletivo da nossa Cidade? Acho que é um dever a gente refletir e é um dever a gente lutar para que haja justiça social de fato e que se tenha um transporte de qualidade de verdade, com mais linhas, com mais ônibus e com preço mais barato, porque muita gente, nós sabemos, deixa de sair aos finais de semana com a família, porque não tem dinheiro para pagar o transporte coletivo. Muitos jovens deixam de comprar o passe, na hora de comprar o cartão Tri, porque não têm os 50 reais. E este Projeto ajuda - e muito - para que os jovens e os estudantes possam fracionar a sua passagem escolar.

Nós queremos aprovar também um Projeto que estenda o direito ao meio-passe aos domingos e feriados, porque estudante é estudante todos os dias da semana. Estudante também é estudante quando sai para passear no domingo. Estudante é uma condição social em que a pessoa estuda, ou quatro horas, ou oito horas, e não pode trabalhar com carteira assinada por horas suficientes para pagar uma passagem de R$ 2,45. Nós temos que ampliar direitos para que a população possa usar o transporte coletivo o máximo possível, inclusive nós, jovens, aos domingos e feriados.

Há uma frase que é da banda Titãs, que acho que simboliza esta nossa luta, que diz: “A gente não quer só comida; a gente quer comida, diversão e arte”. Pelo direito dos jovens a ganharem o meio-passe aos domingos e feriados, porque é um direito da juventude ter acesso à cultura, ao esporte, ao lazer. E nós temos de tirar o lucro dos grandes empresários, que lucram, sucessivamente, às custas da juventude e dos trabalhadores para podermos incluir e ampliar os direitos da juventude e do povo de Porto Alegre. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Airto Ferronato está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, senhoras e senhores aqui presentes, um abraço todo especial aos estudantes que nos acompanham na tarde de hoje.

Como professor que sou, desde há muito tempo, o transporte coletivo é um tema que tenho acompanhado bastante de perto.

Quero dizer que sou favorável, voto favorável ao Projeto do Ver. Toni Proença. Ouvi as manifestações que aqui foram feitas e, mais ou menos, entendo a ideia que o Ver. DJ Cassiá trouxe aqui: o custo de passagem para estudantes, especialmente aos mais carentes... Eu já falei desta tribuna, há aproximadamente dois meses, no máximo três, que eu sou natural da Cidade de Dr. Ricardo, um dos menores Municípios deste Estado, e acompanho como se processam as coisas lá no Interior e aqui.

Lá no interior do Estado, meu caro Ver. DJ Cassiá, nós temos o ônibus escolar gratuito, a custo zero. Ele pega o estudante em casa, pela manhã ou no início do período, leva-o para a escola; terminado, concluído o período de aula, o mesmo ônibus pega o estudante - todos - e o leva para a sua casa; repito, a custo zero para o estudante. Quem financia isso? O Governo, ou diria mais, os Governos, mas muito especialmente o Governo Estadual. Nas grandes cidades, e vamos dar o exemplo de Porto Alegre, isso não acontece. Agora, o Ver. Dib até tem lá suas razões; não acontece por quê? Por que, na verdade, nós não temos verbas públicas no processo. Eu acredito, sinceramente, que este projeto que estamos votando é bom, é muito bom, mas nós precisamos continuar esse debate, e que venha verba federal, estadual e municipal para o financiamento completo da passagem para o estudante. É como V. Exª diz: para o pai que tem dois, três ou quatro filhos estudando, o custo da passagem, na maioria das vezes, é significativo e bastante caro. Por isso, vamos votar favoravelmente ao Projeto do Ver. Toni Proença e vamos continuar esta discussão, que é uma discussão que merece uma atenção toda especial. E não queremos ver o Governo Municipal financiando 100%; nós queremos a União, o Estado e o Município nessa empreitada, que é justa e necessária para o povo brasileiro. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Por gentileza, nós admiramos a juventude, mas estamos no Plenário da Câmara de Vereadores, e, para prosseguirmos a Sessão, queremos que seja mantido o silêncio aqui, por favor.

A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, acho que o Ver. Toni está de parabéns por representar um movimento importante na garantia do direito à Educação. É um movimento pequeno ainda, mas muito importante. Nós sabemos, e não sei se os jovens que aqui estão e que estão na escola sabem que, no Rio Grande do Sul, nós temos quase 100 mil jovens de 15 a 17 anos fora da escola - quase 100 mil jovens de 15 a 17 anos, que é a idade do Ensino Médio! E nós sabemos que muitos colegas de vocês desistem e se evadem das escolas no meio do ano, perto do final do ano...

Eu conversava com o Professor Márcio, do Colégio Parobé, e ele me dizia que as turmas do Colégio Parobé podem ter 40 alunos, mas eles matriculam 60 alunos - eu queria falar isso para os Vereadores, Ver. Adeli, ex-Presidente Ver. Sebastião Melo. Matriculam 60 alunos! E não conseguem ficar, até o final do ano, com 40, que seria o número máximo, porque já sabem, Ver. Dib, da enorme evasão escolar no Ensino Médio. E nós sabemos que o problema de transporte é gravíssimo, e é um dos principais problemas que faz com que essa evasão seja enorme, Ver. Haroldo de Souza. É uma pena, porque nós sabemos que o jovem que desiste por um ano, para retomar... Depois vem a vida dura de sobrevivência, e vamos perdendo esse jovem para a educação, para um futuro mais promissor. Nós temos feito essa discussão no Estado do Rio Grande do Sul. O Estado do Rio Grande do Sul já decidiu a eleição, e no programa do Governador eleito, está, sim, o transporte escolar gratuito para o Ensino Médio para quem precisa. E nós lutamos muito aqui nesta Casa, e construímos isso coletivamente. Eu me orgulho da Câmara de Vereadores nesse sentido. A oficialização do Programa Vou à Escola em Porto Alegre e a extensão para o Ensino Médio construímos com a SMED; ainda não foi homologado, mas já estamos trabalhando uma Emenda com os Deputados Estaduais da Comissão de Educação de vários Partidos: o Deputado Mano Changes, o Deputado Raul Pont e vários Deputados da Comissão de Educação da Assembleia, para, já no Orçamento de 2011, haver financiamento, Ver. Sebastião Melo, para o transporte gratuito a partir de critérios de distância da casa e da renda dos nossos estudantes. Nem todos vão ser imediatamente beneficiados, pois nós precisamos ampliar o orçamento. O Ensino Médio será obrigatório - que bom! -, o Governo Federal terá que colocar recursos no transporte, porque cumpre a nós, Ver. Reginaldo Pujol - e não é anistia de passagem, é recurso público financiando o jovem para ir à escola -, financiar o jovem pobre, se o Brasil quiser um salto para a sociedade do conhecimento.

O Ver. Airto Ferronato faz sinal de positivo. Então, esta é uma questão muito importante para o Brasil: superar as barreiras para o acesso à escola. Ver. Toni Proença, o senhor está colocando mais uma pecinha nessa construção, e sei que é resultado da mobilização da juventude; sei, porque estamos enxergando vocês aqui; sei, porque sabemos que os grêmios estudantis, que as escolas sofrem muito aqui em Porto Alegre, quando termina o Programa Vou à Escola, na 8ª série, e os alunos não têm como chegar às escolas de Ensino Médio. A dor das famílias, os projetos da juventude calados, interrompidos, porque não há como uma família gastar 50 reais ao mês, uma família que ganha um, dois, três salários mínimos, só numa passagem, porque o jovem precisa de roupa, precisa de condições, de lanche, de tudo. Então, acho que esse é um passo importante, nós estamos apoiando, mas queremos ir mais longe, porque nós queremos todos os nossos jovens com seu direito à Educação garantido. Parabéns, Ver. Toni Proença! Parabéns, pela luta de vocês!

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro, primeiramente, eu quero saudar o Ver. Toni Proença, que proporciona uma boa discussão nesta Casa, entre tantas que temos feito ao longo da sua história.

Eu quero dizer especialmente aos jovens beneficiários desta matéria que eu teria imenso prazer de vir a esta tribuna e dizer que não só nós fracionaríamos esta matéria, como talvez pudéssemos isentar aqueles que não podem pagar, se as leis no Brasil seguissem de forma federativa, sempre beneficiando quem menos precisa.

Vinte e sete por cento de quem anda de ônibus nesta Cidade não paga transporte coletivo. A vocês que estão aqui querendo fracionar, porque não têm dinheiro para comprar 50, eu quero dizer que há uma quantidade de pessoas que anda de Mercedes nesta Cidade e que tem este mesmo benefício! Isso está, a meu juízo, absolutamente errado! E a Prefeitura e nós temos nos omitido deste debate.

Eu sou francamente favorável, Ver. Reginaldo Pujol, à isenção censitária. Sabe quem paga essa conta, Ver. Haroldo de Souza? É quem menos pode, porque para quem tem o Tri, o patrão paga. Para quem está isento não tem problema nenhum, a passagem pode custar dez reais. Agora, o camelô e a empregada, que não possuem carteira assinada, têm que pagar todos os dias, lá na Restinga, lá no Belém Novo, lá no Campo da Tuca, R$ 2,50. E vai subsidiar para aquela parcela que anda de carro para ir à PUCRS, para a UFRGS... Isso está absolutamente errado!

Aliás, eu diria que nós não deveríamos só enfrentar isso. Esta Casa deu um passo adiante, logo ali atrás, dizendo: quer isentar o transporte? Diga de onde vai tirar o dinheiro. Vamos tirar o dinheiro da Saúde, Ver. Aldacir José Oliboni? Nós vamos tirar o dinheiro das creches?

Quero dizer à minha amiga Fernanda Melchionna que ela tem todo o direito de fazer o que ela faz, porque eu já disse e repito: juventude sem rebeldia é velhice sem futuro. Mas o Olívio Dutra, em 1989, fez o que V. Exª sugeriu e deu com os “burros n’água’’. Até hoje, o povo de Porto Alegre está pagando essa conta por uma intervenção que foi feita durante o dia, alardeadamente, e foi entregue à noite, porque perceberam que o Governo Municipal não tinha competência para gerenciar o sistema de transporte.

Eu digo aos empresários que foi bom terem feito essa intervenção, sabem por quê? Porque eles tiveram que melhorar muito. Teve o seu lado negativo? Teve.

Não concordo com a estatização do serviço de transporte coletivo. Concordo com V. Exª quanto ao Conselho, que foi concebido há 16 anos, que colocou a maioria do Governo e quem tem interesse. Na verdade é um grande biombo para o Prefeito sancionar aquilo que ele deveria ter coragem de assumir para ele, mas que não foi concebido neste Governo, faça-se se justiça. O Governo José Fogaça e o Governo José Fortunati herdaram essa modelagem e não a mudaram.

Então, volto a dizer, Ver. Toni Proença, que eu gostaria imensamente de estar aqui dizendo: Jovens, nós não só vamos fracionar como vamos diminuir em 50% a passagem de vocês que precisam, e vamos retirar todas as passagens daqueles que não precisam, porque, para mim, não basta ter 60 anos para ter isenção. Quem ganha 5, 6, 7 mil reais precisa de isenção de ônibus? Eu entendo que não. Eu tenho três carros na garagem, uma renda de mesada enorme e os mesmos benefícios, Ver. DJ Cassiá. Essa é a lei atual, que nós não discutimos, não temos tido coragem de enfrentar, e muito menos a Prefeitura.

Eu vim a esta tribuna, Ver. Toni Proença, dizer que muitas vezes sugeri esse debate, mas fogem desse debate como o diabo foge da cruz, ninguém quer falar nisso, mas ele é necessário. Não há almoço de graça! Cada vez que se isenta alguém, alguém paga essa conta. Como não é o Governo que paga essa conta, quem paga essa conta é quem anda de ônibus.

Então, se eu for a um restaurante, cinco almoçam e três pagam, o valor do almoço é um; se cinco pagam, o valor é outro. Portanto, esse debate é necessário para a vida desta Cidade. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Mauro Zacher está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. MAURO ZACHER: Sr. Presidente, Ver. Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, uma saudação muito especial, em primeiro lugar, à UMESPA e à UGES; a todos os estudantes aqui presentes que exercem, na tarde de hoje, o seu papel protagonista, buscando aquilo que é seu de direito e buscando um benefício pouco custoso para o Município, mas que, talvez, ajude muitos que têm dificuldade de pagar ou de comprar de uma vez só o número de passes estabelecidos até então.

Saúdo o Ver. Toni Proença pela iniciativa, pela coragem e principalmente por conseguir trazer rapidamente a esta Casa uma proposta que já é há muito tempo entendida e compreendida por vocês, estudantes. Não poderia ser diferente de minha parte. Eu iniciei fazendo política com a idade de vocês, no Movimento Estudantil, e atendo, diariamente, em meu gabinete, um grêmio estudantil, um diretório acadêmico de Universidades. Chegam ao meu gabinete demandas, sugestões para projetos de lei, e a gente tenta, aqui, em conjunto com outros Vereadores, atender à necessidade especial da nossa juventude. Nós gostaríamos de oferecer muito mais a essa juventude, nós gostaríamos de ter políticas públicas que oportunizassem a vocês uma melhor escola, que pudessem oferecer mais oportunidades no acesso à Universidade, ou oportunidades no que diz respeito ao ingresso no mercado de trabalho. Estamos oferecendo hoje apenas aquilo que vocês já têm, mas fracionado. A gente sabe que o transporte, muitas vezes, é importante e necessário para que muitos não deixem de ir à escola; no entanto, Ver. Haroldo, nós não temos ainda esta possibilidade. Seria demagogia nossa ou irresponsabilidade sonharmos com um projeto que pudesse oferecer isso gratuitamente. No entanto, estamos dando um passo à frente, e assim têm sido, em plena democracia, os avanços que temos conquistado, passo a passo - adiantando. Não tenho dúvida de que a tarde de hoje dá uma grande vitória a essa juventude que não está acomodada, que sempre foi a diferença dos grandes avanços e transformações sociais do nosso País, do nosso Estado e do nosso Município.

Então, são vocês, juventude e estudantes, que estão dizendo hoje a nós: “Sim, nós precisamos da nossa Câmara, nós queremos esse direito, porque é do nosso bolso que sai e, muitas vezes, é difícil comprar aquele número de passes”.

Então, quero saudar vocês que estão aqui hoje, organizados por meio dos grêmios estudantis, da UMESPA, da UGES, das entidades que representam, dizendo que vocês garantiram o avanço, não garantiram tudo, mas podemos comemorar algumas vitórias neste plenário, como a meia-entrada, que não é tudo que conquistamos ainda; podemos conquistar mais, comemorar, mas temos ainda muitas lutas pela frente.

Eu quero convocar essa juventude que sempre foi protagonista importante nos avanços sociais da nossa Cidade: vamos, juntos, à luta! Esse é o início de uma grande caminhada que temos pela frente. Parabéns a vocês, estudantes...

 

(Som cortado automaticamente por limitação de tempo.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. IDENIR CECCHIM: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; estudantes; população e trabalhadores que estão aqui, eu acho que este Projeto do Ver. Toni Proença veio em boa hora, precedido - parece-me - por um da Verª Sofia Cavedon, que falava sobre a passagem gratuita para os estudantes. Eu acho que agora as condições estão postas. A Vereadora tem todas as condições, Ver. Toni, de ajudar o seu Projeto e melhorá-lo; é o que ela queria, e eu acho que ainda quer, e é assim que acontece no interior do Estado: o Governo do Estado paga toda a passagem aos estudantes do primeiro e segundo graus, muitas vezes até para os que estão na faculdade. A minha família mora em Ibiraiaras, que fica a 100 km de Passo Fundo, e lá até para quem quer fazer o curso superior, o Governo do Estado ajuda no transporte escolar.

Eu acho que a Verª Sofia Cavedon, com o nosso Governador eleito Tarso Genro, agora tem todas as condições de superar o Projeto do Ver. Toni Proença e dar passagem gratuita a todos; não precisa cobrar meia passagem, não tem que cobrar meia passagem. A Vereadora foi muito inteligente quando propôs isso, parece que ela estava antevendo o futuro, que ela teria o Governador do Partido dela que iria assumir essa conta. Eu acho que poderíamos fazer este acordo, vamos votar, eu vou votar no Projeto do Ver. Toni Proença, que se preocupou com os estudantes, que acho inteligente e oportuno, mas queria que a Verª Sofia Cavedon levasse adiante o Projeto que ela apresentou aqui e exigisse do Governo do Estado que desse a passagem gratuitamente para os estudantes de Porto Alegre também, como se faz em todo o interior do Estado. Era isso.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Paulinho Rubem Berta está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. PAULINHO RUBEM BERTA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, estudantes que estão aqui e quem nos assiste, eu quero aqui parabenizar o colega do meu Partido, Ver. Toni Proença, pela sua preocupação e pelo seu Projeto que vai beneficiar, sim, um número infinito de famílias, porque isso repercute diretamente na família. Eu, que sou pai, tenho filhos adolescentes que serão beneficiados. Quero aqui dizer de coração e agradecer ao Ver. Toni essa magnífica atitude e o seu Projeto, que nos beneficia, mas eu também quero dizer alguma coisa aqui: escutei atentamente todos os pronunciamentos que aqui foram feitos e acho que a grande maioria está correta, mas gostaria de chamar a atenção de vocês no sentido de que não deixassem que essa ideia viesse a se concretizar. Em alguns pronunciamentos, muitas vezes, as pessoas não se dão conta de que estão falando como se os estudantes fossem miseráveis, fossem aqueles estudantes que não têm nada, que não trabalham - que não têm nada! Isso não pode ser verdade. Eu não acredito nisso.

Acredito, sim, que o Projeto do Ver. Toni Proença está fazendo justiça, é um direito dos estudantes terem fracionadas as passagens. Agora, não tem aqui nenhum coitadinho, nenhum miserável; tem estudante buscando os seus direitos e fazendo se respeitar. E este Projeto veio para somar neste sentido. Por isso, quero dizer que, às vezes, há alguns males necessários. Exemplo que eu quero dar para vocês: o Bolsa Família, no nosso País, é um mal necessário, porque foi a única forma que o Governo encontrou para distribuir renda. É um mal necessário! Porque, se o nosso salário, no nosso País, cumprisse com as funções para as quais ele foi criado, não precisaria disso, não seria necessário o Bolsa Família, mas, como o salário não cumpre isso, nós precisamos do Bolsa Família e temos que aceitar.

Quero dizer que voltarei a este microfone para que nós possamos discutir essas demagogias que estão sendo feitas, principalmente com o nosso povo e também com os nossos empresários. Existem empresários que realmente são ladrões? Existem, mas não é a grande maioria, porque a grande maioria levanta de madrugada, cria emprego, gera renda e ajuda a conduzir esta Cidade. Então, os empresários desta Cidade, na sua totalidade, não são ladrões. Pode ter uma meia dúzia, e estes nós temos que cassar e tirar da sociedade. Estes estudantes que estão aqui, amanhã se tornarão empresários, e Deus queira que sejam bem-sucedidos e que gerem emprego e renda neste País. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, antes de mais nada, eu quero deixar muito claro que o Ver. Toni Proença me cooptou para o seu Projeto na sua estrutura básica, ou seja, o parcelamento, que é o pretendido pelos estudantes e que é o objeto, é a ementa do seu Projeto. Isso me deixa muito à vontade para dizer que o compromisso com o Projeto não me leva a ter compromisso com situações colocadas dentro do Projeto que nada têm a ver com o parcelamento. Eu poderei votar a favor ou contra algumas Emendas, mas quero dizer o seguinte: o meu compromisso fundamental é com o Projeto e com a Emenda nº 03, que subscrevi após ter conversado com o Ver. Toni Proença e obtido dele a concordância com a proposta, não foi uma imposição minha.

No mais, acho que este Projeto gerou, Ver. Toni Proença, uma discussão sobre problemas imensos deste País, os quais ele não tinha a pretensão de atingir. As indagações que se faz a respeito, por exemplo, do custo da tarifa aqui na cidade de Porto Alegre gerariam um dia de respostas. Nós precisaríamos responder por que a tarifa sobe acima da inflação: é porque os tributos que se pagam, que o usuário de transportes coletivos também paga, são superiores ao crescimento da inflação. Nós aqui falamos de um Vereador, meu colega Airto Ferronato, colega de Bancada, do Partido Socialista Brasileiro, que trouxe o exemplo de Doutor Ricardo, onde é dada passagem gratuita aos estudantes.

Eu quero dizer que nós não estamos tratando aqui só dos alunos do curso primário e do curso secundário que recebem esse apoio; nós temos todo o estudantado, especialmente aqueles que estão fazendo curso superior, que também são atingidos por este Projeto. Para eles, o Governo do Estado e o Governo da União, aqui em Porto Alegre, não só não dão nada, como retiram. É preciso ser dito aos estudantes que, no custo da tarifa que ele paga, mais de 20% são tributos. Aqui existe um sistema, um modelo, em Porto Alegre, que é do subsidio cruzado, em que o pobre subsidia a passagem do pobre e, às vezes, subsidia a passagem daquele que não é pobre.

Então, eu quero deixar muito claro: vim à tribuna - eu acho que seria desnecessário eu vir à tribuna, porque as pessoas já têm as suas posições - apenas para não deixar passar em brancas nuvens. No que diz respeito - olhem muito bem a colocação que eu estou fazendo; não quero surpreender ninguém com meus votos posteriores - ao parcelamento, objeto da proposta do Ver. Toni Proença, dou meu total apoio, é um compromisso inclusive de quem acabou contribuindo com a apresentação da Emenda nº 03. No resto, eu me reservo o direito de votar ou deixar de votar em alguns casos, e faço até em uma homenagem à Verª Fernanda, que é signatária de uma das Emendas, a Emenda nº 04, que, com toda a certeza, Vereadora, terá o meu voto contrário, porque não tem nada a ver com o objetivo do Projeto. V. Exª tenta, através de um subterfúgio, recolocar um assunto que V. Exª anteriormente tentou colocar e que não prosperou na Casa. Por isso, a minha posição é clara: compromisso com o Projeto, com tudo aquilo que diz respeito ao seu objetivo, e a minha posição colocada claramente da tribuna de não acompanhar alguns objetos e algumas propostas que são enfrentadas em outros Projetos da Casa, em que eu, inclusive, já tive a oportunidade de colocar a posição contrária.

 

A Srª Fernanda Melchionna: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Só para uma correção, Ver. Reginaldo Pujol, evidentemente respeitando a sua posição. A nossa Emenda não tem nenhuma relação com o Projeto de minha autoria que tramita em defesa do meio-passe aos domingos e feriados, que ainda tramita na Casa. É uma Emenda que garante o uso da bilhetagem eletrônica aos domingos e feriados, resguardada a legislação com relação ao meio-passe estudantil de segunda-feira a sábado...

O SR. REGINALDO PUJOL: Vou interromper o seu pronunciamento, porque o meu tempo está se esgotando, como V. Exª está verificando.

 

A Srª Fernanda Melchionna: Só para esclarecer.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Agradeço seu aparte. A Emenda de V. Exª não só não tem nada a ver com o Projeto a que V. Exª se referiu como não tem nada a ver com este Projeto que nós estamos votando. Por isso eu voto contra, e voto a favor do Projeto do Ver. Toni Proença, com a maior satisfação, cumprimentando-o pela qualidade do seu trabalho.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; senhoras e senhores, acho o Projeto de extrema importância. A única preocupação que tenho é de encarecer ainda mais a passagem, é essa a dificuldade que tenho. Agora eu quero fazer um convite ao Ver. Mauro Zacher, aproveitando que o Secretário da Fazenda está aqui acompanhando a nossa Sessão. Ver. Mauro Zacher, como sugestão, eu estava fazendo a Emenda e imaginei que não poderia tirá-la, pois é a típica Emenda de que V. Exª deveria ser o proponente. A Secretaria da Fazenda, o Município, poderia subsidiar as diferenças que possivelmente venham a recair sobre a população de um modo geral. Eu acho, Ver. Reginaldo Pujol, que é um Projeto muito bom, e V. Exª também tem razão, mas nós deveríamos garantir o equilíbrio. Nós não podemos sacrificar ainda mais ... Não são os empresários! Nós temos que parar com isso! Quem paga é própria população, são os próprios trabalhadores. V. Exª é um Vereador muito atuante, muito inteligente, e, aproveitando que o seu companheiro, o nosso admirado Secretário da Fazenda, está aqui presente, nós poderíamos suspender a Sessão durante alguns minutos e faríamos essa Emenda. E, com certeza, o Projeto seria, com essa Emenda, um grande Projeto. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): A Verª Juliana Brizola está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SRA. JULIANA BRIZOLA: Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores; estudantes, confesso a vocês que pensei bastante antes de fazer a minha manifestação, porque acredito que todos os estudantes que aqui vieram estão bastante ansiosos para ver o Projeto entrar logo em votação, mas eu também não poderia deixar de fazer a minha manifestação, já que tenho a causa da Educação como a mais importante que a nossa cidade de Porto Alegre, o nosso Estado do Rio Grande do Sul e o nosso Brasil tem. É o que mais precisa melhorar! Quero dizer que essa é uma conquista dos estudantes. A mobilização de vocês foi o que fez com que este Projeto chegasse até aqui, mas também não posso deixar de fazer uma referência muito especial ao Ver. Toni Proença, pois eu aprendi a admirá-lo, é um grande amigo que conquistei dentro desta Casa. A forma que eu tenho de dar os parabéns ao Ver. Toni Proença é por uma única ação: o Vereador saiu do discurso e foi para a prática! Porque, quando se fala em educação, é muito discurso e pouca prática. Infelizmente, os políticos continuam enxergando a educação como gasto; não enxergam a educação como um investimento, e assim está a nossa educação: em um Estado que já foi referência, agora estamos lá atrás, com baixíssimos índices. Isso não pode continuar num Estado que já foi o número um em educação neste País.

Por isso, Ver. Toni Proença, meus parabéns, porque agora tu fazes parte daqueles políticos que saem do discurso e vão efetivamente para a prática na questão da Educação. É isso que Porto Alegre, o Estado, o Brasil precisa! Não existe país livre em que a Educação não seja desenvolvida; não existe nenhum país desenvolvido em que a Educação não esteja em primeiro lugar. Muito obrigada.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Raul Torelly está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. DR. RAUL TORELLY: Sr. Presidente, Ver. Tessaro; Vereadores, Vereadoras; estudantes, Agentes de Combate a Endemias; todos que nos assistem, fiz questão de vir a esta tribuna apenas para registrar a oportunidade deste Projeto e dizer que a gente que convive com o Ver. Toni Proença sabe do seu trabalho e do seu interesse há muito tempo sobre esta matéria. Hoje, com certeza, para todos é importante, mas para ele é um dia especial que está se materializando, como bem falou a nobre Vereadora e Deputada Juliana Brizola, quando disse o que todos nós já tínhamos no coração: o carinho que temos pelos estudantes e a vontade de poder ajudá-los de algum modo, principalmente por meio de um Projeto como este, que é, em primeiro lugar, ético, que se preocupa com aqueles que mais precisam, com os que têm mais dificuldades de ir em busca não do estudo, mas também do conhecimento, do seu futuro, que é o mais importante. Sabemos quantas pessoas carentes necessitam desse tipo de iniciativa, e os nem tão carentes assim também precisam, porque sabemos que não está fácil para ninguém.

Então, quero deixar aqui o meu voto de apoio, um voto de Vereador desta Cidade, reconhecendo o trabalho, reconhecendo o interesse do assunto e que ele realmente vai entrar para o dia a dia da Cidade de uma maneira positiva, facilitando e agilizando o deslocamento dos nossos estudantes, e, muito especialmente, que a cultura e o conhecimento se difundam de maneira cada vez maior e melhor para a nossa sociedade gaúcha, em especial a porto-alegrense. Saúde para todos. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

(Manifestações nas galerias.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Por gentileza, assim demorará mais tempo ainda para a votação do Projeto! Se cada vez que um orador se pronunciar, vocês se manifestarem, não teremos condições de votar o Projeto.

Vamos fazer um acordo: até a votação do Projeto, vocês devem fazer silêncio; após, vocês podem vibrar à vontade.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, vou me dirigir, em nome da minha Bancada, o PT, e em nome dos colegas que ainda não se manifestaram, para cumprimentar o Ver. Toni Proença, primeiro porque tem cumprido, nesta Casa, um belo papel no relacionamento e no diálogo entre as Bancadas. Em segundo lugar, pelas suas propostas; em terceiro, pela juventude que aqui está. Esta Casa é a Casa do Povo, o local onde as manifestações políticas da juventude devem ser feitas. Portando, parabéns a todos vocês pelo deslocamento e pela energia das suas falas, dos seus aplausos nesta Casa.

O que é vendido hoje para a juventude? Que fazer política é errado, que fazer política é coisa de meia dúzia de safados; é isso o que é dito. Não é mostrado aquele trabalho que os políticos sérios de todos os Partidos fazem. Quando são elaborados projetos ou propostas, eles não são divulgados, mas, quando tem um que sai fora dos trilhos, aí, sim, colocam todos no mesmo cesto, todos são igualados, e não interessam os projetos e os bons trabalhos dos colegas vereadores, dos colegas deputados, senadores e mesmo da Presidência da República. É isso que precisamos discutir, e queremos cumprimentar, sim, a juventude, pois, lá nas escolas, é necessário debater isso, porque transporte público depende, sim, de posição política, e é a posição política que incide, depois, na vida de cada um. Quando um pai tem que tirar 60 reais do bolso para comprar o vale-transporte no cartão eletrônico, ele compra para apenas um filho, se só tiver os 60 reais; mas, se forem vinte, por exemplo, ele consegue comprar para três, e não para um só filho. Como fica o problema daqueles que não conseguem chegar ao final do mês com a passagem do cartão eletrônico e que perdem aquelas aulas importantes no final do mês? Então, esta medida trazida pelo companheiro Ver. Toni Proença é de grande importância, sim, e os estudantes merecem, sim, subsídio no transporte público.

Ora, Ver. Sebastião Melo, quem é que tem que pagar? O Estado tem que subsidiar o transporte e a educação. É isso que temos que discutir, e não só a meia-passagem. Eu sou daqueles que acham que a meia-passagem poderia ser utilizada em todos os horários e todos os dias; ou cultura não é educação? Quando tem que ir ao cinema, não pode utilizar; quando tem que ir ao teatro, não pode utilizar! Quando tem que ir a uma atividade cultural, não pode utilizar? Pode e deve; inclusive quando tem que ir ao trabalho. Há muitos estudantes que estão aqui que trabalham em turno inverso. Então, por que não podem utilizar? Qual é o tempo que sobra? Muitas vezes, sobra a noite e o final de semana.

Então, este debate é um debate importante, e, junto com isso, temos que embutir, sim, a qualidade do transporte público. Todos querem pagar, todos podem e devem ter o direito ao subsídio; mas eu desafio os colegas a irem à Hípica, às sete horas da manhã, para tentarem pegar um ônibus e virem sentados até o Centro da Cidade. Não conseguem! Temos que colocar, nessa agenda, a juventude, a qualidade do transporte público na cidade de Porto Alegre, inclusive lutarmos pelo novo modal, não só pelo ônibus, vamos lutar, sim, pelo metrô, que já foi deixado escapar uma vez, mas que não pode se escapar pela segunda vez da cidade de Porto Alegre.

Portanto, quero dar meus parabéns, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores e de todos os Partidos que vieram aqui dar apoio ao Projeto do Ver. Toni Proença, e dizer que essa bela iniciativa também é uma iniciativa da educação política, de uma aula política.

Parabéns à juventude, sempre à luta, não se esmoreçam, e o pronunciamento deve ser público, livre em qualquer momento! Um grande abraço.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Pedro Ruas está com a palavra para discutir o PLL nº 033/10.

 

O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Vereadores, Vereadoras; público que nos assiste, quero, em primeiro lugar, dizer que entendo como legítimas e corretas as manifestações da plateia, assim como entendo quando elas são negativas. Hoje são positivas, e acho que elas incentivam os Vereadores. É a minha posição.

Ver. Toni Proença, mais do que o mérito do Projeto de V. Exª, que merece todo o nosso apoio - a Verª Fernanda Melchionna já falou também, em nome do PSOL, sobre isso -, o que eu elogio no seu trabalho, neste momento, é a capacidade de enfrentamento com um dos poderes, de fato, constituídos nesta Cidade, ao longo dos anos, que é o poder da ATP, dos empresários de ônibus. E são décadas de poder.

Havia um dito popular, Ver. Pujol, que dizia que o melhor negócio em Porto Alegre, em termos de lucro, era uma empresa de ônibus bem-administrada. E o segundo melhor negócio era uma empresa de ônibus mal-administrada.

Portanto, ao longo dos anos, de governo em governo, muda governo, muda partido, esse poder gigantesco dos empresários de ônibus não se altera, é sempre o mesmo; eventualmente cresce, nunca diminui.

Elogio V. Exª pela capacidade do enfrentamento. Para terem uma ideia os Vereadores e as Vereadoras mais jovens, Ver. Brasinha, DJ Cassiá, em 1987, há 23 anos, Verª Celeste, eu apresentei um Projeto que ficou conhecido, depois de aprovado, como a “Lei do Troco”. Foi um inferno para aprovar aquele Projeto. Nós levamos um ano e meio para aprovar o Projeto que se transformou em modelo para todas as Capitais do País; há 23 anos, meu caro Vereador João Bosco Vaz. Portanto, elogio V. Exª, Ver. Toni Proença, elogio o Projeto, elogio a Emenda, a qual teve a ideia V. Exª, Verª Fernanda Melchionna, com relação ao mesmo direito nos domingos e feriados. E digo mais: cada projeto que traz direitos novos, Dr. Luiz Afonso, aos usuários em relação aos empresários do transporte coletivo vai ter sempre o nosso apoio, terá sempre o apoio do PSOL, terá sempre a nossa manifestação, terá sempre o nosso incentivo, porque nós entendemos que, assim como os jovens, hoje os estudantes precisam, sim, desse Projeto. Outras e tantas vezes outros setores da sociedade precisam também e terão sempre a mão solidária do PSOL no enfrentamento contra os empresários do transporte coletivo. Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Encerrada a discussão. Em votação o PLL nº 033/10. (Pausa.)

O Ver. Nilo Santos está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº 033/10.

 

O SR. NILO SANTOS: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; senhores e senhoras, uma saudação especial à juventude que está presente, aos representantes das escolas e grêmios estudantis, às lideranças dos movimentos estudantis que estão presentes, o Pedro, 1º Tesoureiro da UMESPA, Grêmio Estudantil Paula Soares; o Arthur, Tesoureiro-Geral da UGES, diretor da UBES; o Mateus, representando a UEE do Rio Grande do Sul; o Junior, Presidente da UMESPA; Tales; Presidente da UGES. Eu não pretendo usar os cinco minutos, Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro, até porque venho manifestar a posição da nossa Bancada, deste Vereador, do Ver. Nilo Santos, do Ver. Brasinha, do Ver. Maurício Dziedricki, do Ver. DJ Cassiá e do Ver. Nelcir Tessaro, e dizer que somos favoráveis, sim, a esse Projeto de fracionamento, que permitirá que nenhum estudante deixe de ir à escola, combatendo a evasão escolar. Eu quero aproveitar a oportunidade, em nome do PTB, meu Partido, para solicitar, mais uma vez, Presidente Nelcir Tessaro, Ver. Toni Proença, já que temos dificuldade financeira no meio estudantil, que o próprio Governo, e esta Casa também, criem um número maior de estágios para os nossos estudantes e deem maior possibilidade para que eles possam ingressar nesses estágios e obter, também, uma fonte de renda.

Então, fica o apelo aqui, em nome da minha Bancada, da criação de novos estágios para os estudantes, e um dia, talvez, consigamos sair, sim, do discurso, Ver. Tarciso - o senhor é um dos Vereadores que combatem a miséria nesta Cidade -, e transformar a Educação em algo prioritário de verdade. Se a Educação realmente é uma prioridade e é fundamental para a nossa gurizada, um dia, talvez, o Governo consiga - todos os Governos, todas as esferas - tornar o transporte gratuito e não precisemos mais discutir aqui o fracionamento; que possa ser oferecido o transporte gratuito a todos os estudantes, já que a Educação é prioritária neste País. Este é o discurso, que possamos torná-lo uma prática. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não há mais quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 04, destacada, ao PLL nº 033/10. (Pausa.) A Verª Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação da Emenda nº 04, destacada, ao PLL nº 033/10.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Serei breve, Sr. Presidente, para votarmos rapidamente o Projeto. A nossa Emenda é um pedido que eu já ouvi nas dezenas de escolas aonde tenho ido fazer palestras sobre a questão do aquecimento global e do meio ambiente: os estudantes gostariam de usar a bilhetagem eletrônica também aos domingos e feriados, sem entrar no mérito do meio-passe.

Eu tenho outro Projeto que tramita na Casa - outro Projeto - que cria o meio-passe aos domingos e feriados para a juventude, para o qual eu já quero, na frente de todos, pedir o apoio dos Vereadores e Vereadoras, mas não é disso que se trata essa Emenda. Essa Emenda garante que o estudante que, muitas vezes, não tem o recurso, não tem os R$ 2,45 no final de semana, possa usar o seu TRI fazendo o desconto da passagem integral no seu próprio cartão, pois, em muitos e muitos casos, acontece de não haver o dinheiro no domingo ou feriado, que possa usar a bilhetagem eletrônica para descontar, porque aquele dinheiro já foi creditado - a partir do fruto do seu trabalho, a partir do pagamento dos pais e das mães - na bilhetagem. É uma forma de tornar a vida do estudante mais fácil, e mais útil a questão do TRI, associada, claro, ao fracionamento que, em nossa opinião, ajuda muito as famílias e a juventude de Porto Alegre.

 

(Não revisado pela oradora.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal, solicitada por diversos Vereadores, a Emenda nº 04, destacada, ao PLL nº 033/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA por 14 votos SIM e 15 votos NÃO.

Em votação nominal, solicitada por diversos Vereadores, a Emenda nº 05, destacada, ao PLL nº 033/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 21 votos SIM e 10 votos NÃO.

Em votação nominal, por solicitação de diversos Vereadores, a Emenda nº 01 ao PLL nº 033/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 32 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.

 Em votação nominal, por solicitação de diversos Vereadores, a Emenda nº 02 ao PLL nº 033/10. (Pausa.) APROVADA por 18 votos SIM, 13 votos NÃO e 02 ABSTENÇÕES.

Em votação nominal, por solicitação do Presidente Nelcir Tessaro, a Emenda nº 03 ao PLL nº 033/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 26 votos SIM e 07 votos NÃO.

Em votação nominal, por solicitação do Presidente Nelcir Tessaro, o PLL nº 033/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 34 votos SIM.

Apregoamos Requerimento, de autoria do Ver. Pedro Ruas, solicitando renovação de votação da Emenda nº 04 ao PLL nº 033/10. (Pausa.) Em votação. (Pausa.)

 

(Manifestação fora do microfone do Ver. Reginaldo Pujol.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim, Ver. Pujol, por gentileza. Estamos votando o Requerimento de autoria do Ver. Pedro Ruas, que solicita renovação de votação da Emenda nº 04 ao PLL nº 033/10.

 

O SR. REGINALDO PUJOL (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu peço que V. Exª consulte a Diretoria Legislativa, porque, pelo que me consta, há um prazo para ser votado, que é só na Sessão subsequente.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim, nós estamos votando o Requerimento, Vereador.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sim, o Requerimento.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Agora é a votação do Requerimento. A votação desta Emenda é que não será hoje.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: O Requerimento de renovação tem que ser colocado na próxima Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não, ao contrário.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: É o que estamos discutindo, Sr. Presidente.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu tenho uma dúvida: se aceitar o Requerimento de renovação de votação da Emenda nº 04 ao PLL nº 033/10, não teremos que renovar todo o Processo?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Não. O Processo fica aguardando a votação da Emenda, futuramente. Ele pode ser votado em parte. Então, hoje seria a votação do Requerimento apenas. Se for aprovado, entrará em pauta na próxima semana, na segunda-feira; caso contrário, não. Por favor, há uma dúvida, vamos aguardar, porque o Vereador está lendo o Regimento.

O SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu tenho um respeito imenso pelo nosso Diretor Legislativo, que é um dos homens mais competentes que temos na nossa Casa, só que ele está equivocado na orientação que está dando a V. Exª neste momento, e eu sinto muito, porque o que diz aqui não é exatamente isso. O Requerimento tem que ser apresentado na Sessão seguinte, isso está escrito aqui.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vamos ler na íntegra o que ele diz.

O SR. LUIZ BRAZ: Passo a ler (Lê.): “§ 4º. O requerimento escrito, devidamente fundamentado, será apresentado até a sessão ordinária seguinte a de votação da matéria”.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): “Até”, Vereador, é “até”. Até significa que até na mesma Sessão pode. É “até’, não é "na”; é até. Ele não pode ultrapassar a Sessão seguinte, ele pode antecipar; é o contrário.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Presidente, V. Exª pode dar a interpretação que quiser, mas o Ver. Luiz Braz deixou muito claro. Se há o prazo até a Sessão subsequente, é porque o Requerimento não é votado na mesma Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Se os Srs. Vereadores opinarem por votar na segunda-feira, vamos votar na segunda-feira. Nenhum problema, Vereador.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: É o dia em que vai ser votado, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Está bem.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB (Questão de Ordem): Sr. Presidente, no § 3º do art. 196 do Regimento diz (Lê.): “Será admitida a renovação de parte do processo de votação dos projetos ou substitutivos, mediante requerimento aprovado pelo Plenário, desde que respeitadas as prejudicialidades que possam surgir com relação às demais proposições integrantes do processo”. E o § 4º (Lê.): “O requerimento escrito, devidamente fundamentado, será apresentado até [portanto pode ser hoje] a Sessão Ordinária seguinte a de votação da matéria.”

Então, pode ser apresentado hoje e votado na próxima Sessão.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Haroldo de Souza, o Requerimento, de autoria do Ver. Pedro Ruas, que solicita a renovação de votação da Emenda nº 04 ao PLL nº 033/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 26 votos SIM e 06 votos NÃO. Portanto, a Emenda será votada na próxima segunda-feira.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Sr. Presidente, antes da votação do Requerimento, solicito verificação de quórum.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Solicito abertura do painel eletrônico, para verificação de quórum, solicitada pelo Ver. Bernardino Vendruscolo. (Pausa.) (Após o fechamento do painel eletrônico.) Vinte e cinco Vereadores presentes. Há quórum.

Em votação o Requerimento, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita adiamento de discussão do PLCL nº 005/10 por três sessões.

O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a palavra para encaminhar o Requerimento de sua autoria, que solicita o adiamento da discussão do PLCL nº 005/10 por três sessões.

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras; eu faço este encaminhamento muito mais no sentido de convencê-los, ou de tentar convencê-los de que nós precisamos avaliar melhor o que se está colocando em votação - peço isso, encarecidamente, aos Vereadores. Nós estamos com uma Emenda mantendo aquilo que está posto hoje, que é, para aqueles que pagam até o primeiro dia útil do mês, os 20% de desconto. E aqueles que não pagarem até o primeiro dia útil do mês de janeiro, que possam pagar até o quinto dia útil com 15% de desconto. Faço esta Emenda ao meu Projeto como uma demonstração clara e objetiva de tentar aprovar uma proposta intermediária. É impossível não mudarmos aquilo que está aí. Volto a dizer: hoje as pessoas, para usufruírem do desconto de 20%, têm que fazer esse pagamento, obrigatoriamente, até o primeiro dia útil do mês de janeiro. Repito: mesmo aqueles que têm valores reservados para fazer esse pagamento, para usufruir desse desconto, mesmo os que têm esses valores, têm dificuldades, estão retornando de um feriadão. E nós estaríamos contemplando também aqueles que recebem os salários até o quinto dia útil e os aposentados.

Agora, eu quero mexer com o Ver. João Antonio Dib. Ver. João Antonio Dib, eu gostaria muito que prestasse atenção - vejo que V. Exª se inscreve para falar - no seguinte: com esta Emenda, as pessoas que hoje estão pagando até o primeiro dia útil de janeiro não vão deixar de pagar. Ninguém que tenha recurso vai deixar de usufruir 5% por três ou quatro dias; ninguém que tenha recurso, Ver. João Antonio Dib, vai deixar de usufruir 5% por três ou quatro dias. Esta Emenda é tão somente para contemplar aqueles que, porventura, em razão desse feriadão, por não terem dinheiro, vão receber no quinto dia útil, como os assalariados e os aposentados que não são funcionários públicos, Ver. João Antonio Dib. Este Vereador recebe aqui, e V. Exa, que é funcionário, recebe antes. Para os trabalhadores que estão vinculados à CLT, está lá determinado que eles devem receber - e recebem - até o quinto dia útil, com raras exceções; quando há dissídio coletivo é que se estabelece outro prazo. Para os aposentados, também é assim.

Volto a dizer que não há como acreditar que aqueles que vêm pagando até o primeiro dia útil vão deixar de pagar, porque nós estamos garantindo! No nosso entender, nós vamos ter um aumento na arrecadação, e jamais uma diminuição! Eu vejo que há muita dificuldade de raciocínio por parte de algumas pessoas, e até peço desculpas por dizer isso. Ninguém que está acostumado a usufruir dos 20% e que tem condições vai deixar de pagar no primeiro dia útil. É evidente que teremos um aumento na arrecadação, e teremos garantia dos mesmos valores, como vem sendo feito! É impossível aceitarmos a ideia de que não podemos mexer! Muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, só um esclarecimento. Nós estamos votando ...

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Nós estamos encaminhando a votação do Requerimento.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA (Questão de Ordem): Nós não estamos discutindo o Projeto, mas sim o mérito de adiar ou não a votação, é isso?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim!

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: O.k. Muito obrigada, Sr. Presidente.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita o adiamento da discussão do PLCL nº 005/10 por três Sessões.

 

O SR. SEBASTIÃO MELO: Presidente Nelcir; caríssimo colega Ver. Bernardino; Vereadores, Vereadoras, quero fazer uma saudação muito especial a esse amigo e competente Secretário da Fazenda, Urbano Schmitt. Não vou discutir o mérito dessa matéria, porque mérito tem momento para discutir; vou discutir meramente a questão procedimental.

Quero dizer aos mais novos desta Casa - porque aos mais antigos é palavra que já escutaram várias vezes - que há uma relação de urbanidade nesta Casa quando um Vereador autor de um projeto, Ver. João Bosco Vaz, pede adiamento de votação. É de praxe aceitar, e, com raras exceções, não concedemos o pedido.

Quero pedir ao Ver. Bernardino que pudesse mudar de três para uma Sessão, e então, quarta-feira, vamos enfrentar essa matéria aqui a tarde toda, e vou discutir o seu mérito no momento oportuno.

A democracia é custosa. Esta Casa tem regramento, tem Regimento; uns gostam; outros não. Quando o Regimento me beneficia, eu gosto dele; quando não me beneficia, eu não gosto dele, mas ele foi construído por um acúmulo de valores ao longo do tempo, Ver. João Dib - democracia só com mais democracia.

Reconheço, Secretário Urbano, meu querido André, figura de que gosto muito, que não vamos inviabilizar a expedição dos carnês. Quero dizer que, com esta mesma bravura com que estou vindo aqui, virei na quarta-feira que vem para dizer que, da minha parte, não aceito nenhum minuto a mais de adiamento, porque sei que essa matéria é necessária para pagar 13º salário, restos a pagar e outras despesas que a Prefeitura tem. Aliás, essa modalidade de antecipar receita não é do Governo do Fogaça, não é do Governo José Fortunati; essa modalidade é de 2003, do Governo João Verle! Eu estava nesta Casa, tenho memória e, mais do que isso, lembro-me de que o DMAE muitas vezes socorreu a Prefeitura.

Eu gostaria de dizer também, sem entrar muito no mérito, que nenhum Prefeito gostaria de abrir mão de 50 milhões; nenhum! Se está abrindo, é porque tem necessidade, mas isso eu quero discutir no momento oportuno, Ver. Bernardino.

Por isso, quero dizer somente que, em nome de uma tradição desta Casa, de respeito aos colegas e à democracia, três pode ser muito, mas um é razoável.

Parece-me que há um assentimento do Ver. Bernardino a que pudéssemos adiar por uma Sessão, e, na quarta-feira que vem, colocarmos como item primeiro, Sr. Presidente, se V. Exª assim aceitar, se os Líderes aceitarem. Aliás, poderemos até nem usar o período de Liderança, e, às 14h05min, estarmos enfrentando esta matéria, dando ao Ver. Bernardino o direito, a faculdade que ele tem. Podemos até não aceitar, só quero dizer que vou votar com o Ver. Bernardino; mas, evidentemente, a Casa é absolutamente democrática, e o Plenário é a razão maior desta Casa.

Então, fica aqui, Ver. Bernardino, um apelo a V. Exª para que mude o Requerimento e a certeza de que a gente não inviabiliza a Prefeitura, mas dá a chance ao colega para fazer as articulações. Acho legítimo o que V. Exª propõe, assim como acho legítimo que o Governo venha fazer as suas manifestações; tudo isso eu acho legítimo. Eu não mudo os meus votos por pressão de ninguém; nunca mudei, e nunca mudarei, mas dou toda a liberdade para que todos cantem o meu voto, porque isso é da democracia, isso é legítimo. Obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. BERNARDINO VENDRUSCOLO (Requerimento): Emocionado com o discurso do meu colega Sebastião Melo, que me parece que vai votar a favor, vou atender, se os demais Vereadores concordarem, ao pedido de adiamento de uma Sessão, apenas lembrando que é facultado aos Vereadores solicitarem informações. Amanhã, eu encaminho a posição financeira, exatamente da mesma data do ano passado, para prevenir o Secretário da Fazenda. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo solicitando que a discussão do PLCL nº 005/10 seja adiada por uma Sessão. (Pausa.) O Ver. João Antonio Dib está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita o adiamento da discussão do PLCL nº 005/10 por uma Sessão.

 

O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, devo dizer que o Ver. Sebastião Melo tem razão. Não é muito comum rejeitar um Requerimento de adiamento de uma votação, mas não é inusitado. Muitas vezes, tem sido rejeitado. A questão financeira do Município de Porto Alegre, a vida financeira do Município, é algo muito sensível. Não se pode chegar à tribuna e dizer: “Olha, o Secretário está aí”. Se o Secretário está aqui, é porque se trata de algo importante, senão não estaria aqui. Quem sabe o Secretário, estando aqui, já dá transporte gratuito para os escolares! Isso não se faz. Também não se pede verificação de quórum para ver se todo o mundo se retira. A história consagra os acontecimentos. A Fazenda precisa dos recursos do 13º salário, que é pago aos municipários - paga duas folhas de pagamento -, são 150 milhões, mais ou menos, tem as férias dos municipários que são pagas antecipadamente, e precisam ser pagos. Então, o mês de dezembro é o mês que arrecada mais, sim, mas gasta muito mais. Portanto, é imprescindível que votemos hoje, e que o Projeto do Ver. Bernardino seja rejeitado. Eu lamento ter que dizer isso, mas tenho que dizer.

Eu tenho a experiência de ter conduzido esta Cidade, eu fui Prefeito desta Cidade e sei das dificuldades e das agruras que sofre a Secretaria da Fazenda. Nós conseguimos resolver, desde 2003, de uma maneira satisfatória. No mês de dezembro, a Prefeitura arrecadou 97 milhões de reais; 04 de janeiro, 105 milhões de reais. Ora, pelo amor de Deus, isso significa que o povo porto-alegrense está de acordo. No mês de fevereiro, a pessoa pode pagar com 10%, só se arrecadou em torno de oito milhões de reais. Portanto, está provado que precisa continuar assim. Agora, a Secretaria da Fazenda tem que fazer a publicidade do fato. A Secretaria da Fazenda tem que fazer os cálculos e emitir as guias, e, para tudo isso, precisa de tempo. Quanto mais tempo, melhor. É por isso que o Secretário está aqui, é por isso que a assessoria legislativa do Secretário está aqui. Não é por outra coisa.

Então, acho que devemos votar o Projeto e devemos rejeitá-lo, sim, sem dúvida alguma, porque é do interesse da Cidade que está acima do interesse de um grupo menor ou maior, não importa. A Cidade como um todo leva vantagem quando se procede dessa forma. Isso foi o tempo que nos ensinou, não fui eu ou aquele outro que pensou que era, não, o tempo nos mostrou que estava certo. Então vamos deixar funcionar certo o que está funcionando certo. Muito obrigado. Saúde e PAZ!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita adiamento de discussão por uma Sessão do PLCL nº 005/10.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras; senhoras e senhores, em nome da Bancada do Partido dos Trabalhadores, não vamos aqui entrar no mérito do Projeto, até porque a nossa Bancada está formando a sua opinião. Ouvimos, na segunda-feira, na reunião de Lideranças, o Ver. Bernardino. Hoje, recebemos o Secretário Urbano, recebemos um documento do Líder do Governo, a nossa Bancada já se reuniu e vamos formar a nossa opinião ainda. Se tivermos de votar hoje, teremos voto. Agora, a questão aqui não é qual seria o voto hoje, mas um acordo de lideranças e um acordo plural entre os 36 Vereadores que há nesta Casa. O autor do Projeto tem o direito de pedir para dialogar sobre o seu Projeto com os diversos segmentos, inclusive, com o Governo. O autor do Projeto, neste caso, é o Ver. Bernardino, que procurou a nossa Bancada e disse que precisa ter mais um período de tempo para dialogar mais sobre o Projeto.

Bem, nós entendemos que é legal e regimental e é um acordo aqui na política que nós temos nesta Casa. Portanto, nossa Bancada não quebrará esse acordo na política. E aí não é só para o Ver. Bernardino, isso vale para os 36 Vereadores desta Casa, porque o autor do Projeto, se ele recebeu uma mensagem, seja de quem for, neste caso, dos colegas Vereadores ou do Governo, que precisa analisar, aperfeiçoar ou convencer uma parte, como esta Casa tem o nome de Parlamento, é aqui que se parla, que se fala, que se discute, que se analisa e que se entende. Apesar de que há alguns aqui, inclusive, que fizeram o pronunciamento hoje, que querem cortar a voz e usam o microfone indevidamente, inclusive para dizer besteiras, como fez hoje o Ver. Luiz Braz, com a conivência da Presidência. Capítulo encerrado nesse episódio, mas, neste caso, esta é Casa do Parlamento, e temos que dialogar, temos que conversar. Quantas vezes nós já votamos em conjunto, e eu separado? Isso vai continuar. Agora, ao Governo que está aqui presente, o Secretário Urbano; ao Ver. Bernardino, autor do Projeto, e ao Líder do Governo, quero dizer que nós entendemos que é um direito do autor pedir uma prorrogação para a votação. Não entramos no mérito do Projeto, estamos formando a opinião da Bancada. Um grande abraço; muito obrigado.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Reginaldo Pujol está com a palavra para encaminhar a votação do Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita adiamento de discussão do PLCL nº 005/10 por uma Sessão.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, com a maior objetividade, eu quero, na linha do Ver. Sebastião Melo, apelar ao Vereador autor da proposição que concorde em alterar a sua solicitação de adiamento por três Sessões, transformando em uma Sessão para votarmos na segunda-feira, assegurando mais ainda a possibilidade plena de não criar nenhum tipo de dificuldade a mais para a Secretaria Municipal da Fazenda. Como os oradores anteriores, eu não vou discutir o mérito. Durante o dia de hoje, por inúmeras vezes, eu ouvi, mais de uma vez, o Ver. Bernardino, com quem sempre dialogo, porque temos grande afinidade, e ouvi também algumas ponderações hoje do Secretário Municipal da Fazenda, que nos distingue com a sua visita, ambos capazes de justificar aquilo que o Ver. Sebastião falou: a oportunidade de que, até segunda-feira, a gente amadureça melhor esse processo. Então, para adiar para segunda-feira, eu antecipo o meu voto favorável; por três Sessões, não. Apelo, Ver. Bernardino Vendruscolo, para que evolua para essa posição, apelo ao Secretário Municipal da Fazenda para que compreenda esta tradição da Casa de nunca negar a possibilidade de se ampliar, o máximo possível, a possibilidade de entendimento. E essa, quem sabe, possa vir durante esse período.

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João Antonio Dib, o Requerimento de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo, que solicita adiamento, por uma Sessão, da discussão do PLCL nº 005/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 23 votos SIM e 05 votos NÃO.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1241/10 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO Nº 004/10, que cria o Conselho Municipal dos Direitos do Povo Negro e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82,

§ 1º, I, da LOM;

- incluído na Ordem do Dia por força do art. 81 da LOM em 18-10-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLCE nº 004/10. O Projeto está na Ordem do Dia por força do art. 81.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: V. Exª diz que é em função do art. 81?

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Sim.

 

O SR. REGINALDO PUJOL: Esta matéria precisa do voto favorável da maioria absoluta dos membros da Câmara. Eu, sinceramente, não sei, Sr. Presidente, a esta altura, o que diz a Emenda nº 01.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Vamos Lê-la (Lê.): “Emenda nº 01. Inciso I - Exclua-se a palavra “paritário” do caput do art. 1º do Projeto em epígrafe; II - Altere-se a redação do caput do art. 5º do Projeto em epígrafe, conforme segue: ‘Art. 5º, o Plenário do CNEGRO será composto de 25 membros, conforme segue: I - doze representantes do Executivo Municipal, sendo um de cada dos seguintes órgãos: a) Gabinete de Políticas Públicas para o Povo Negro (GPN); b) Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Segurança Urbana (SMDHSU); c) Secretaria Municipal de Educação (SME); d) Secretaria Municipal da Saúde (SMS); e) Secretaria Municipal da Cultura (SMC); f) Secretaria Municipal da Coordenação Política e Governança Local (SMCPGL); g) Secretaria Municipal da Produção, Indústria e Comércio (SMIC); h) Secretaria Municipal da Fazenda (SMF); i) Secretaria Municipal do Meio Ambiente (SMAM); j) Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC); k) Procuradoria-Geral do Município (PGM); l) Departamento Municipal de Habitação (DEMHAB); II - treze representantes de entidades da sociedade civil. Parágrafo 1º, os representantes dos órgãos...” Está satisfeito, Vereador? (Pausa.) (Concordância do Vereador.)

O Ver. Engenheiro Comassetto está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 004/10, com a Emenda nº 01.

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, colegas Vereadores e Vereadoras; lideranças do Movimento Negro aqui presentes; Secretário Executivo do Movimento Negro, queremos dizer que nada mais propício do que hoje, 20 de outubro, para que venhamos a votar este Projeto, e que o Município de Porto Alegre dê mais um passo em direção às políticas afirmativas do povo negro.

O Brasil, num processo histórico, tem uma dívida, sim, da sociedade brasileira com o povo negro. E essa dívida iniciou a sua discussão. Ainda temos um caminho a percorrer. E hoje, 20 de outubro, exatamente a um mês do Dia da Consciência Negra, portanto dá tempo para que o Prefeito Municipal possa receber o Projeto para sancionar até o dia 20 de novembro, que é o Dia Nacional da Consciência Negra.

Ver. Tarciso Flecha Negra, o senhor, que é negro, colega Vereador, assim como as demais lideranças, homens e mulheres que aqui estão, sabem que esta caminhada não é fácil. E o 20 de novembro foi instituído como o Dia Nacional da Consciência Negra por iniciativa do Movimento Negro e de autoria de um grande poeta gaúcho, Oliveira Silveira, que, na semana passada, esta Casa teve o prazer, para mim, de aprovar um Projeto de nossa autoria, reconhecendo e autorizando um monumento em homenagem a esse grande poeta gaúcho, nascido lá em Rosário do Sul.

A sua proposta que foi feita lá no final da década de 70, início de 80, através da Fundação Palmares, construiu esta política no Brasil, de que o dia 20 de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra, ou seja, o dia nacional para que toda a sociedade - e que deveria ser todos os dias do ano - faça a sua reflexão no sentido de que isso se construa no dia a dia, nos relacionamentos, nos direitos e deveres, nas oportunidades, nas políticas afirmativas que estão sendo construídas, através do Governo Federal.

Eu quero fazer justiça ao Governo do Presidente Lula, que instituiu, pela primeira vez na história da República, a Secretaria Nacional dos Direitos do Povo Negro. A partir daí, a SEPPIR passou a tratar com os Estados e Municípios, reconhecendo os quilombolas como territórios definidos em todo Brasil, que passam por um processo de reconhecimento.

Nós aprovamos nesta Casa, em 2005/2006, o reconhecimento do Quilombo da Família Silva como o primeiro quilombo urbano do Brasil.

Portanto, temos, dentro da Política Pública uma Secretaria Municipal que dialogue com a sociedade e com as demais Secretarias, um conselho. E aqui faço uma observação: o conselho tem que ser democrático e plural; tem que ouvir a diversidade que existe dentro do Movimento Negro. Essa luta não é só do Movimento Negro, é da sociedade brasileira, e, como porto-alegrenses não podemos nos furtar neste momento.

A Bancada do Partido dos Trabalhadores vota favoravelmente ao Projeto e deseja que o povo negro tenha, de fato, não só de direito, os mesmos direitos que toda a sociedade e a nossa Constituição determina. Um grande abraço e boa luta!

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Dr. Thiago Duarte está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 004/10.

 

O SR. DR. THIAGO DUARTE: Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, em nome da Bancada do PDT, encaminho favoravelmente este Projeto. Eu, Ver. Tarciso, confesso que fui uma das pessoas que, em algum tempo, acreditaram que não existia discriminação, mas realmente acabei constatando, ao longo do tempo, que infelizmente ela existe. E ela existe, muitas vezes, em pequenos atos que nós, infelizmente, não nos damos conta.

Então, quando se chega num determinado local, está havendo uma atividade contra a Lei, por exemplo, num baile - e o Ver. DJ Cassiá, certamente, pode nos dizer aqui -, as pessoas que vão ser procuradas como criminosos não têm a cor da pele clara - isso realmente não deveria acontecer. O que a gente observa, muitas vezes, é que aquelas pessoas que acabam vivendo na periferia da Cidade, sem condições socioeconômicas, sem condições de trabalho, e muitas vezes sem condições de saúde, excluídas, infelizmente são pessoas que não têm a cor da pele branca; aquelas pacientes que não têm direito ao planejamento familiar, aquelas pacientes das quais é roubado o direito de escolher quantos filhos terão muitas vezes não têm a cor da pele branca.

Então, por tudo isso, essas políticas afirmativas são muito importantes; por tudo isso é fundamental que nós possamos discutir, sim, a inclusão através do esporte, Ver. Tarcíso, que possamos discutir as questões jurídicas, as questões legais, as questões de polícia que envolvem a negritude, e que possamos também discutir a questão de saúde. Muitas vezes, diversas patologias epidemiologicamente descritas são mais frequentes na população negra, e essas muitas vezes passam longe dos bancos escolares. Está aí a anemia falciforme, está aí a hipertensão específica da gestação, estão aí diversas doenças imunológicas que acabam acometendo as pessoas que têm a cor da pele negra. Então, para que possamos ampliar esse debate nas diversas Secretarias do Estado, como na Secretaria da Indústria e Comércio, em que o Ver. Cecchim já foi titular; nas Secretarias da Fazenda, do Meio Ambiente, na Secretaria de Governança, na FASC, enfim, para que possamos discutir a questão da negritude, do preconceito que, muitas vezes, está arraigado na sociedade. Por isso é fundamental aprovarmos este Projeto, para que possamos, assim, na Semana de Consciência Negra, seguir discutindo todas essas questões. Muito obrigado. (Palmas.)

 

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): O Ver. Tarciso Flecha Negra está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 004/10.

 

O SR. TARCISO FLECHA NEGRA: Boa-tarde, Sr. Presidente, Srs. Vereadores, Sras Vereadoras e todos que nos assistem. Vou fazer um breve encaminhamento deste Projeto, porque sou suspeito por ter a cor negra a qual adoro. Às vezes, Thiago, em casa, eu fico me perguntando: que mal essa cor fez ao mundo? Isso não ocorre somente neste País chamado Brasil, ocorre também na América. Que mal nós fizemos ao mundo? Por isso está vindo outro Projeto com relação ao Museu do Negro, para que possamos mostrar o que os nossos antepassados fizeram não só por Porto Alegre, mas também pelo Rio Grande do Sul e pelo Brasil. Os negros ajudaram a construir também este Estado e este País.

Então, caros colegas, o negro está nessa luta desde o ano de 1500, quando os navios negreiros traziam os nossos bisavós para desbravar este País maravilhoso que é o Brasil, e nós estamos aqui nesta luta, a liderança negra deste País. E vamos continuar. Enquanto eu estiver em pé, tiver forças, vou continuar junto com vocês, porque essa corrente saiu visível dos pés dos nossos avós, mas, invisivelmente, ela está na mente de muitos ainda; ela não saiu. Esse preconceito está invisível; a demagogia contra o negro é muito grande. Eu quero ver o negro ser o grande cidadão deste País; isso ele já está se tornando: o grande cidadão do País, do mundo. Exemplo disso é Barack Obama. Um negro não podia mandar nos Estados Unidos, num país que é a maior potência do mundo; e está lá o nosso Barack Obama. O negro não podia jogar futebol, e está aí o Pelé!

Então, chegou a hora da raça, sem preconceito, respeitando todos, todas as raças: vermelha, amarela e negra. Dr. Thiago, quando eu montei a minha escolinha, eu a montei com um só intuito: que fosse para os negros, para as crianças brancas, para as crianças negras, para as crianças carentes terem oportunidade. Não existe preconceito nem racismo dentro do meu coração! Eu só quero igualdade de condições para a nossa raça. Obrigado.

(Não revisado pelo orador.)

 

O SR. ENGENHEIRO COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Nelcir Tessaro, hoje nós tivemos, em alguns momentos, um debate mais forte aqui. Quero dizer a V. Exª que tenho o maior respeito pelo seu trabalho e pela sua condução. Peço desculpas se eu disse alguma palavra no sentido contrário ao tom que merece a nossa discussão. Muito obrigado.

Ao mesmo tempo, fiz uma análise crítica, sim, da imprensa. Não foi nenhum discurso sob o ponto de vista de campanha política; se foi, eu retiro. Um grande abraço.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Feito o registro.

 

O SR. TONI PROENÇA: Sr. Presidente, em homenagem ao povo negro e aos representantes que se encontram aqui, solicito a retirada da minha inscrição para encaminhar a votação do Projeto para que o mesmo possa ser votado.

 

A SRA. FERNANDA MELCHIONNA: No mesmo sentido, Sr. Presidente, eu quero retirar a inscrição para encaminhamento da votação do PSOL, para que possamos dar celeridade ao processo, votemos o Projeto e possamos garantir a criação do Conselho Municipal dos Direitos do Povo Negro.

 

O SR. HAROLDO DE SOUZA: Faço o mesmo pedido, porque, realmente, temos que atender, o mais rápido possível, a esse sonho que está pintando, para realizá-lo.

 

O SR. AIRTO FERRONATO (Requerimento): Da mesma forma, peço para retirar a minha inscrição.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Está bem, nós temos nove minutos para fazermos a votação, porque vamos encerrar a Sessão às 18h30min. Obrigado pela compreensão de todos.

Em votação nominal, por solicitação de vários Vereadores, a Emenda nº 01 ao PLCE Nº 004/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 28 votos SIM.

Em votação nominal, por solicitação desta Presidência, o PLCE nº 004/10. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por 28 votos SIM.

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO NOMINAL

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte;

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1990/10 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 087/10, de autoria do Ver. Alceu Brasinha, que concede o título de Cidadã Emérita de Porto Alegre à senhora Beatriz Bohrer do Amaral.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Pedro Ruas: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto;

- da CECE. Relator Ver. Tarciso Flecha Negra: pela aprovação do Projeto.

 

Observações:

- para aprovação, voto favorável de dois terços dos membros da CMPA - art. 82, § 2º, V, da LOM;

- votação nominal nos termos do art. 174, II, do Regimento da CMPA;

- incluído na Ordem do Dia em 04-10-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 087/10, de autoria do Ver. Alceu Brasinha. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação nominal o PLL nº 087/10. (Pausa.)

Enquanto os Srs. Vereadores votam, informo que hoje nós teríamos a Reunião Conjunta das Comissões - o nosso Líder do Governo está aí e também pode me ouvir esclarecer -; ocorre que nós retiramos da pauta da Reunião Conjunta das Comissões o Projeto que tratava das Áreas de Interesse Cultural, a pedido da Verª Maria Celeste, porque já estava para Parecer.

Nós gostaríamos de saber de todos os colegas Vereadores das Comissões se poderíamos, amanhã, colher as assinaturas dos Srs. Vereadores componentes das Comissões.

Srs. Vereadores, gostaríamos de colher as assinaturas dos membros das Comissões amanhã. Pode ser? Há acordo de todos? (Pausa.) (Aquiescência do Plenário.)

(Após a apuração nominal.) Encerrada a votação do PLL nº 087/10. APROVADO por 27 votos SIM.

 

O SR. BETO MOESCH: Sr. Presidente, como V. Exª falou de uma Reunião Conjunta de Comissões, protocolei agora um pedido para que o Projeto seja também incluído em Reunião Conjunta de Comissões. Obrigado.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Obrigado, Vereador. Srs. Vereadores, aproveitando a presença do Ver. Tarciso Flecha Negra e em respeito à comunidade negra que está presente, temos dois minutos, podemos votar agora, Srs. Vereadores, o Projeto de Lei referente às diretrizes para construção do Museu da História e da Cultura do Povo Negro.

 

 

 

DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO

 

(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com aparte

encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)

 

PROC. Nº 1872/09 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 078/09, de autoria do Ver. Tarciso Flecha Negra, que institui diretrizes para a construção,,, do Museu da História e da Cultura do Povo Negro e dá outras providências. Com Emenda nº 01.

 

Pareceres:

- da CCJ. Relator Ver. Luiz Braz: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a tramitação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEFOR. Relator Ver. Mauro Pinheiro: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CUTHAB. Relator Ver. João Pancinha: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CECE. Relator Ver. DJ Cassiá: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da CEDECONDH. Relator Ver. Ervino Besson: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01;

- da COSMAM. Relator Ver. Aldacir José Oliboni: pela aprovação do Projeto e da Emenda nº 01.

 

Observação:

- incluído na Ordem do Dia em 12-05-10.

 

O SR. PRESIDENTE (Nelcir Tessaro): Em discussão o PLL nº 078/09. Não há quem queira discutir. Em votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 078/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.

Em votação o PLL nº 078/09. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO. (Palmas.)

Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.

 

(Encerra-se a Sessão às 18h30min.)

 

* * * * *